Está na hora de falarmos do Luan
Opinião de Marco Bello
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Eram 20 minutos do segundo tempo de jogo em Itaquera quando o Corinthians tocava bola no meio de campo tentando armar mais um ataque no jogo contra o Palmeiras, primeira final do campeonato paulista.
Jogo pegado, pesado, disputado lance a lance. Jogo feio, mas cheio de energia.
Patrick de Paula vai dividir com Luan, que simplesmente tira o pé e deixa o palmeirense tranquilamente lhe tirar a bola.
Neste exato momento o técnico Tiago Nunes olha para o banco de reservas inconformado.
Alguns minutos depois (7 minutos, para ser mais preciso), Luan é substituído por Angelo Araos.
Você com certeza está pensando: mas as duas maiores chances de gol do Corinthians no primeiro tempo vieram dos pés do Luan! Concordo.
Mas quando se vê o jogo no estádio a referência é mais ampla do que quando se vê o jogo na televisão.
Quem vai ao estádio vai concordar comigo. A televisão mira somente a bola. No estádio você vê o todo.
E apesar destes dois lances (de muita categoria), Luan simplesmente empacou o time no jogo de ontem.
O jogador parece desinteressado, lento, desligado. As bolas que passam por ele perdem velocidade. Não é o pensador que o Corinthians queria ter quando o contratou.
O jogador que custou R$22 milhões aos cofres do Timão simplesmente não serve para ser protagonista. Talvez em um time mais bem entrosado, com um funcionamento mais automático, meia até se destaque um pouco mais.
Mas no momento, repito, ele atrapalha. Na minha modesta visão, só não perdeu o lugar entre os titulares ainda porque simplesmente não há no grupo quem o substitua.
Luan foi substituído em quase todos os últimos jogos do Timão. Nos últimos dois, por Ângelo Araos. O chileno que nem no grupo estava no ano passado (emprestado para a Ponte Preta) surge como alternativa nessa reta final de estadual.
Ah se houvesse um Jadson, um Danilo, um Rodriguinho, um Renato Augusto nesse time. Jogadores que pensavam o jogo, distribuíam a bola pelo campo, davam velocidade ao time quando era preciso e, principalmente, dividiam. Eram ligados. Cresciam nos clássicos.
Luan tem habilidade. Não há dúvidas disso. Pode resolver qualquer partida em uma jogada individual. Um passe, uma cobrança de falta. Pode acontecer no jogo de volta (caso permaneça entre os titulares).
Mas hoje, no dia em que escrevo esta matéria, depois de ter acompanhado o Derbi das arquibancadas de Itaquera, eu tiraria Luan da equipe.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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