Derrotas fizeram a ficha cair no Corinthians
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Nossa situação era tão ruim pós-Tiago Nunes-Coelho, tão desesperadora, as lúgubres cores da Série B estavam tão vivas, que nos iludimos.
A distância entre desespero e euforia é muito curta no Waze do futebol.
Enalteci o Mancinismo. Não foi pouco o que ele fez. Resgatou-nos da beira do precipício.
Mas as derrotas contra Bragantino e Bahia tiveram o poder de nos tirar da Matrix de um mundo paralelo e nos devolver à realidade.
Colocamos nossa esperança em Casares, jogador talentoso, mas preguiçoso e baladeiro. Ele elevou o nível técnico do time, mas não creio que valha a pena investir nele a longo prazo.
O equatoriano se machucou, ligamos a TV e vemos Cássio (Parabéns pelos 500 jogos. Obrigado por tudo, Monstro de Yokohama, mas em nenhuma profissão você se mantém pelo que já fez um dia. Se não entregar o serviço HOJE E AGORA, perde o lugar, ainda mais com um “Walter” fazendo a mesma função). Na zaga, observo o lento Mendez, Gil, nervoso, Fábio Santos, que contribuiu muito, mas não aguenta mais correr. Depois temos Vital e Araos (nunca serão, parem de se iludir com eles); Mosquito (que tem ido até que bem em alguns jogos, mas não poderia passar nem perto da Rua São Jorge.
E Jô. Lento, fora de forma (há um ano), está jogando com o nome. Um cone com rodinhas travando.
No banco ou fora dele temos uma coleção de Cafús, Ramiros, Natéis, Edersons, Everaldos e outros do mesmo nível.
Caramba, outros times colocam moleques de 18 anos para jogar, os caras vão lá e dão conta do recado. Por que no Corinthians nossos moleques devem demorar um século para entrar em campo? Será que o Cauê, por exemplo, faria menos do que o Jô tem feito?
Deveria ser uma lei pétrea. Se é para contratar meias-bocas sem identificação com o clube, melhor colocar jogadores da base.
E Mancini? Ajeitou o time, mas será que é técnico para o Corinthians?
O maior de todos virou um depósito de quinquilharias.
A maior e melhor torcida, o torcedor comum, que serve o Corinthians e não se serve dele, não tem voz. Quem manda são os velhos-conselheiros-velhos que votam no melhor candidato (para eles).
PS. Não esqueçamos. No idioma de Andrés e Cia., não há diferença entre quase acordo e acordo assinado. O acordo com a Caixa, anunciado como resolvido, mas não resolvido, parece que subiu no telhado. Vigilância e cobrança.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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