Fora, Sylvinho
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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“Pessoal, os caras estão com técnico novo. Ainda não deu tempo de os jogadores estressarem com o treinador, como aconteceu no Cruzeiro e no Flamengo. Além disso, eles estão na luta contra o rebaixamento. Hoje é a única chance que eles têm de sair da draga que eles estão. E nós faz tempo que não jogamos nada. Fomos uma vergonha contra o Sport e medíocres contra o Fluminense. Resumindo. Se não entrarmos rachando desde o primeiro segundo, vamos nos ferrar. Então entrem lá e ralem a bunda no chão. Todas as divididas não nossas. Aqui é Corinthians, c.....!”
Esse seria o discurso que qualquer técnico (e não aprendiz) faria no vestiário. Das duas uma. Ou ele não fez (o que seria um absurdo), ou ele fez e o elenco ignorou (o que demonstra que ele não tem estatura para ser técnico do Corinthians).
Não dá. Fora, Sylvinho! Sua coletiva foi tão ridícula quanto suas preleções e seu trabalho à beira do campo. Além da célebre palavra “construção”, que você tanto adora, você soltou pérolas como “vacilamos nos primeiros dez minutos e equilibramos o jogo”; “fizemos oito faltas e o adversário vinte e uma” (o que mostra a frouxidão do time) e, pasmem, disse que no time dele os laterais vão para o ataque. Rir para não chorar.
Além da falta de sangue nos olhos (obrigação de quem veste o manto), seu time parece um bando de jogadores em que cada um faz o que acha que deve fazer. Sem comando. Sua equipe joga com muito espaço entre as linhas, sem compactação. Ninguém marca ninguém. Observa o adversário à distância e não morde.
Fora, Sylvinho! Sabem por quê?
Porque, com ele, vejo duas opções.
- O time se classifica para a Libertadores na bacia das almas, por excesso de vagas e poucos candidatos. Daí a diretoria, da qual ele é “parça”, vai mantê-lo para o ano que vem.
- Ou o time não se classifica e o treinador será demitido no final do ano, quando o prejuízo estiver consumado.
Fora, Sylvinho. Você é um bom auxiliar. Talvez (acho difícil) seja um bom técnico no futuro. Para isso, comece num time menor. O Corinthians não deve ser escola profissionalizante, muito menos obra para ficar “em construção”.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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