7 motivos que fazem Carille ser uma boa supresa
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Amigos Fieis:
O desfecho da novela “ O Substituto de Oswaldo” decepcionou muita gente. Com a recusa, por motivos de saúde, de Reinaldo Rueda, sem opções no mercado, o Corinthians optou por efetivar Fabio Carille.
Passados três meses, o trabalho dele tem sido, a meu ver, uma boa surpresa. O Corinthians voltou a jogar ao melhor estilo Tite. Defesa sólida, marcação implacável, posse bola, triangulações por ambas as beiradas do campo.
Ainda falta, a meu ver, mais poder de criação e de ataque, mas quem sabe a chegada de um ou dois reforços de qualidade ajude a sanar o problema.
Mas elenco vários pontos positivos no trabalho Carilliano.
- Sinceridade
Ao contrário de muitos treinadores que desviam o foco (quase sempre para a arbitragem) quando o time perde ou joga mal, Carille simplesmente diz: “não jogamos bem”. Não ilude a torcida, nem parece preocupado em garantir o emprego. Destaco, também, uma ótima entrevista em que, perguntado sobre a necessidade de Pedrinho ganhar massa muscular, Carille disse: “não precisa. Pedrinho é assim e vai jogar assim”.
- Meritocracia
Com ele, não se ganha a posição com nome, cara feia ou mimimi na imprensa. Joga quem estiver melhor e, mais ainda, quem sua o manto em campo.
- Banco para os chinelinhos
Sequência do item “2”. Guilherme, Marquinhos Gabriel (mesmo antes da contusão), Marlone e Giovanni Augusto sentiram na pele que quem não ralar, não assume a titularidade.
- Chance aos garotos da base
Sequência do item “3”. Nesse quesito, Carille supera até Tite. Vendo a moleza dos chinelinhos e a falta de dinheiro para contratar, o treinador resolveu dar chance para meninos que há muito tempo aguardavam oportunidade, como Arana, Jabá e Maycon; além disso bancou a entrada no time do ótimo Pedrinho, de apenas 18 anos. Não veio com aquele discurso, precisamos ter cautela com o garoto, blá, blá, blá.
- Ganhou o respeito do grupo
Mesmo sem ter um nome consagrado, Carille conseguiu, graças à sua competência, fazer com que os jogadores obedeçam em campo as orientações dele (até porque, quem não fizer, sabe que sairá do time).
- Espírito de equipe
Mesmo sabendo do respeito que Osmar Loss tem por parte da torcida e da diretoria, Carille fez questão de contar com o conhecimento e competência do ex-treinador multicampeão na base. Muitos em seu lugar ficariam com receio de ser comparado ao auxiliar no caso de possíveis tropeços.
- Padrão de jogo
Enfim, Carille deu ao time o que se espera de um técnico: padrão de jogo. Nada de ver aquela bagunça dos tempos de Cristóvão ou de Oswaldo. A maneira como a equipe se posta em campo, compactada e com as linhas bem definidas, demonstram que a equipe é bem treinada. Fiz algumas ressalvas com relação à postura excessivamente cautelosa contra o São Paulo, mas a tendência é que a equipe se solte nos próximos clássicos fora de casa.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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