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O maior problema do Corinthians-2020
Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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O maior problema do Corinthians-2020

Éderson fez sua estreia durante o jogo contra o Novorizontino

Foto: Rodrigo Gazzanel/ Ag. Corinthians

Os cinco jogos sem vencer no Paulista, somados à eliminação precoce na Libertadores, fazem com que inúmeras teorias sejam espalhadas nas redes sociais e ditas nos programas esportivos para tentar explicar por que o Corinthians não engrena.

Tem de tudo, de algumas explicações possíveis e compreensíveis até outras que flertam com a insanidade. Nessa hora cada um traz seu diagnóstico, sua teoria, suas impressões. É preciso tentar respeitar o momento e a paixão de cada um.

Isso colocado, quero dar a minha visão sobre esses dois meses do Corinthians de Tiago Nunes. Quero fazer a minha tentativa de explicação, a minha teoria. Sei que alguns não vão concordar, mas pra mim a explicação é mais simples do que parece: material humano.

O Corinthians tem um bom elenco, mas apenas um bom elenco. Nada além disso. Há muitos jogadores para ajudar a compor, mas poucos para decidirem jogos, poucos com a capacidade de dar aquela manchete após o jogo: "1 a 0, gol dele".

Quem é o Jô-2017 em 2020? Quem é o Rodriguinho-2017/18 em 2020? Quem é o Renadson-2015 em 2020? Quem é o Guerrero-2012 em 2020? Quem é o Liedson-2011 em 2020? Não existe...

Ou melhor, existe. Mas está no gol. Cássio segue fazendo coisas diferentes, sendo diferente. O "gol" que fez no último lance contra o Novorizontino garantiu um ponto e, com certeza, menos confusão durante a semana. Mas é pouco. Do meio pra frente não há ninguém.

Ou melhor, deveria existir. Pela cifras, pelo passado recente e pela expectativa gerada, Luan deveria ser esse cara. Mas o camisa 7 ainda não entendeu (se é que seu perfil vai deixá-lo entender um dia) o que é jogar no Corinthians. Um DVD do Romero, que tem apenas 8,42% de sua capacidade técnica, talvez ajudasse a entender a essência de um clube como o Sport Club Corinthians Paulista e como se deve comportar durante os 90 minutos.

Janderson não pode ser titular do Corinthians. Hoje, não. Talvez num futuro próximo, se bem trabalhado, mais rodado. O mesmo valia para Madson, que foi usado no duelo com o Guaraní-PAR como possível solução. Everaldo é limitado, vai alternar bons e maus jogos, sendo os bons não tão bons e os maus sendo muito maus. Ramiro começou bem o ano, será útil na volta da lesão, mas não será esse cara que decide. Pedrinho, que tem qualidade para ser esse cara, ainda não "estreou" no ano. Expulsão com 28 minutos, campo encharcado de água, viagem a Portugal... já teve de tudo. Boselli precisa de um time que o coloque em situação de ser decisivo, quando isso não acontece... esquece. Love vive uma situação parecida. Vital também não consegue ser esse cara porque, normalmente, é mais individualista do que coletivo. Yony González ainda está fora de ritmo, é uma incógnita, além de nunca ter sido esse cara anteriormente. E, por fim, Davó... que não dá nem pra comentar.

O corinthiano que leu esse texto até agora deve estar se perguntando: E Tiago Nunes? Não tem culpa de nada? Nem faz nada errado?

No começo, não. Suas decisões antes dos duelos com o Guaraní-PAR foram coerentes e compreensíveis, inclusive as mais polêmicas, como dispensar Ralf que não se encaixava na sua maneira de jogar. Mas daí vieram os jogos decisivos, a pressão de passar de fase... E vieram junto as primeiras decisões discutíveis, como colocar Sidcley e não Piton.

A pressão aumentou. Os jogos ruins no Paulista e/ou sem resultados vieram. E as decisões erradas aumentaram. Colocar Éderson e não Camacho (o mais regular do ano) na vaga de Gabriel no segundo tempo em Novo Horizonte beirou o irracional. Qualquer criança de três anos sabia que era para colocar quem vinha jogando com mais ritmo (e bem). O mesmo vale para Araos, que estava para ser dispensado. Era Love ou Vital, que vinham jogando mais. Nada contra o chileno (pelo contrário, acho que pode ajudar), digo pelo momento em si.

Ainda há tempo de tudo ser corrigido. Tiago, melhor centrado, com melhor entendimento desse Mundo chamado Corinthians e mais bem orientado, pode ser facilmente "consertado". Não tenho dúvida que seu trabalho pode vir a dar frutos. É bom e pode dar certo no clube.

Assim como há tempo para a diretoria, que precisa parar de pensar em apostas, em jogadores para futuro. É preciso varrer o mercado em busca de um (ou mais) jogador que chegue, vista a camisa e jogue. Não adianta gastar 200, 300 mil com duas, três apostas. É necessário pegar esse mesmo dinheiro e contratar um reforço que resolva, que possa fazer a diferença do meio pra frente.

Ainda há tempo! Pra todos! Mas é preciso iniciar a solução desses problemas.

Veja mais em: Tiago Nunes, Elenco do Corinthians, Campeonato Paulista, Libertadores da América e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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