Acordo com a Caixa é mais importante que o naming rights (fechando a conta da Arena)
Análise de Rodrigo Vessoni
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O valor fechado pelo Corinthians para a venda do naming rights, segundo o site Máquina do Esporte, é de R$ 350 milhões por 20 anos. Isso dá R$ 17,5 milhões/ano.
Pois bem.
O valor é bom? Segundo o site especializado em marketing esportivo, sim. Trata-se do maior valor do país.
O valor resolverá a dívida do estádio? Sozinho, não.
A diretoria do Corinthians (leia-se Andrés Sanchez), OBRIGATORIAMENTE, precisará fazer um bom acordo com a Caixa Econômica Federal.
A situação é bastante simples: se a parcela mensal ficar como está agora (R$ 5,6 milhões/mês), a conta não fechará. Simples assim.
Para que a Arena seja autossustentável a parcela terá de ser, no máximo, de R$ 3 milhões/mês.
Abaixo, a equação financeira da Arena Corinthians, com as receitas (já incluindo o naming rights, que ainda não é oficial) e as despesas. Veja:
Valores que envolvem a Arena Corinthians (com base numa média anual desde a inauguração)
Receitas anuais
Bilheteria - R$ 63 milhões
Propriedades, acordos e parcerias - R$ 15 milhões
Naming Rights - R$ 17,5 milhões
TOTAL - R$ 95,5 milhões (R$ 7,9 mi/mês)
Despesas anuais
Jogos - R$ 23 milhões
Outras - R$ 6 milhões
Custo fixo (manutenção, seguros, pessoal, etc) - R$ 30 milhões
Dívida da Caixa - R$ 36 milhões
TOTAL - R$ 95 milhões (R$ 7,9 mi/mês)
Os números acima são claros.
Se a parcela da Caixa for de R$ 3 milhões/mês, a conta vai fechar. Se a parcela da Caixa ficar igual (R$ 5,6 milhões/mês) ou só um pouco menor, a conta não fechará.
Obs: estou levando em consideração que a dívida com a Odebrecht será zerada, como é a expectiva da diretoria. Se houver algum residual e um consequente pagamento mensal dele, as contas acima precisariam ser repensadas, com a parcela da Caixa até menor.
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