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O futebol feminino não pode depender só da Nike
Sarah Tonon

Trabalhou na ESPN e já tem duas Copas do Mundo no currículo. Atualmente produtora do Meu Timão que marcou o amor incondicional pelo Corinthians na pele!

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O futebol feminino não pode depender só da Nike

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O futebol feminino não pode depender só da Nike

A equipe do Corinthians entrará em campo nesta quinta no Pacaembu; evento é iniciativa da Nike

Foto: Bruno Teixeira/Ag. Corinthians

Esta quinta-feira será um marco na história do futebol feminino no Brasil.

Em parceria com a Nike, o Corinthians jogará contra o Iranduba - equipe amazonense e uma das mais fortes do país na modalidade - pelo Campeonato Brasileiro no PACAEMBU.

Sim, esse dia chegou: uma partida do Brasileirão de futebol feminino sendo disputada no Estádio Paulo Machado de Carvalho, a nossa Saudosa Maloca.

A partida será nesta quinta-feira às 20h30, em local, data e horário de gente grande, ou melhor dizendo, futebol grande... Os ingressos estão disponíveis em ingressoscorinthians.com.br e também para quem é Fiel Torcedor.

Nas últimas semanas, Nike e Corinthians deram início à campanha #UmSóCorinthians para divulgar o grande evento no Pacaembu. Com Adriana como estrela principal da campanha, a atacante de 22 anos também foi escolhida para representar o futebol feminino no evento de lançamento da nova camisa do clube. Ganhando força nas redes sociais com apoio de influenciadores, a campanha #UmSóCorinthians visa ampliar a visibilidade do futebol feminino no Brasil e incentivar a torcida a apoiar a modalidade.

Tudo muito legal e válido! Fico super feliz de ver tantas influenciadores e embaixadores divulgando esse grande evento. Como a Milene Domingues e a Letticia sempre fizeram. Mas, isso não pode ficar restrito a apenas um jogo, a apenas uma única campanha bem executada.

Estive presente em alguns jogos da equipe feminina do Corinthians (a trabalho e como torcedora) e questionei parte dos presentes nos jogos sobre os problemas de público do futebol feminino. Algumas das principais respostas foram:

  • "Nunca tem transmissão";
  • "Os jogos são em horários ruins";
  • "Durante a semana e à tarde não dá pra todo mundo ir";
  • "De fim de semana joga no horário do masculino".

Concordo com todos os pontos. Mas na última semana, por exemplo, o Corinthians jogou num domingo à tarde na Rua Javari contra o Juventus. Muitas outras vezes, jogou de graça na Fazendinha aos sábados e domingos também. A questão do horário dos jogos durante a semana que acontece, na maioria das vezes, à tarde é por culpa da PM de São Paulo (mas isso é conversa pra outra coluna). O jogo desta quinta será no Pacaembu, que já é um atrativo, à noite e em dia que não tem jogo da equipe masculina e resolve todos os pontos acima.

  • "Ahhh, mas tem que comprar ingresso..."
  • "Ahhh, mas eu trabalho"
  • "Ahhh, mas futebol feminino é chato"

Todos os outros jogos, que não têm toda a divulgação da Nike, também resolvem as questões anteriores. O Corinthians tem uma equipe fortíssima! Com goleadas aplicadas em sequência em todas as competições disputadas atualmente, invencibilidade, atletas da Seleção Brasileira, excelentes profissionais e vários títulos e recordes no currículo.

O que eu quero dizer aqui é: não podemos mais inventar desculpas para não dar visibilidade ao futebol feminino no país. O futebol feminino não pode depender das campanhas da Nike para ter apoio e torcida. O futebol feminino precisa de mais, sempre, o tempo todo.

Vá ao Pacaembu nesta quinta. Torça. Apoie as meninas e FAÇA ISSO SEMPRE que puder, da forma que der. Vá ao Parque São Jorge, que é de graça, quando puder. Assista as transmissões nas redes sociais, quando tiver. Acompanhe o dia a dia das atletas através da divulgação do Corinthians. Conheça a caminhada delas, não só da Adriana.

O futebol feminino precisa de nós, da Nike, de influenciadores, de apoio, de visibilidade, de patrocínio, de torcida e de VOCÊ.

Veja mais em: Corinthians feminino.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Sarah Tonon

Trabalhou na ESPN e já tem duas Copas do Mundo no currículo. Atualmente produtora do Meu Timão que marcou o amor incondicional pelo Corinthians na pele!

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  • Comentários mais curtidos

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    @alexandre.pinoti.da1 em

    Poderiam colocar o futebol feminino antes do Masculino tipo antigamente quando jogavam os "aspirantes"

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    @sol18644 em

    Eles poderiam divulgar mais.

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    66º. @ramon.felipe1 em

    É complicado, infelizmente não é midiático mesmo.

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    Rafael 906 comentários

    65º. @rpereira em

    Eu acho que jogos das meninas deveriam ter ingressos vendidos e pontuar no FT. Isso serviria para incentivar agalera que não tem grana e n consegue juntar pontos suficientes pra conseguir ingressos baratos nos jogos de grande apelo.

    Além disso, as meninas deveriam, quando possível, jogar na Arena. A Arena por si só já atrai público. Além disso, é o estádio que oferece o melhor transporte público e que gera uma ligação entre o time das meninas e a torcida.

    O terceiro passo está sendo dado: incluir o feminino nas ações de marketing.

    O quarto é transmissão televisiva, pra que as pessoas conheçam as jogadoras, o estilo de jogo, comentem, cornetem.

    O quinto é parar de pedir apoio 'pq elas precisam'. Futebol é entretenimento. Incluam o feminino na vivência do corinthianismo que a resposta vem.

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    64º. @miguel.negreiro.cost em

    É uma pena, porquê as meninas estão batendo um bolão

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    Fabricio 441 comentários

    63º. @fabricio.tome em

    Problema é cultural do povo brasileiro...nos EUA por exemplo, qualquer evento esportivo lota porque é um programa cultural levar a família em um estádio, independente da modalidade.

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    Mario 629 comentários

    62º. @mario.silva1 em

    Uma vez já comentei isso neste site e vou repetir: O grande problema do futebol feminino não está nele, e sim nas comparações que fazem com o masculino, principalmente os torcedores, como vemos nos comentários abaixo. O futebol masculino, falo principalmente o brasileiro que até a pouco tempo a trás era proibido por lei ser praticado por mulheres, tem muito mais tempo de prática e foi evoluindo sem ter com quem ser comparado e só foi profissionalizado várias décadas depois de organizado em agremiações.