Após reunião, Corinthians e Caixa decidem por não renovação de patrocínio
Opinião de Teleco
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A Caixa Econômica Federal resolveu investir em patrocínios em futebol em 2012. Os primeiros times patrocinados foram o Atlético Paranaense e o Avaí, seguidos pelo Corinthians. Já em 2013, o banco procurou praticamente todos os clubes das séries A e B, mas apenas treze conseguiram reunir a documentação e se adequar à lei aplicável, além de manter constantemente a Certidão Negativa de Débitos em dia.
O primeiro contrato assinado foi em 2012, e não mudou significativamente desde então.
Eram 30 milhões de reais anuais pelo patrocínio de peito e costas e na camisa de treino, placas no centro de treinamento e uma no campo quando o Corinthians tem o mando. Além disso, a Caixa tem direito a 300 camisas oficiais por mês, uma cota de ingressos nos jogos em casa e a fazer um comercial com um jogador da equipe. O contrato permite publicidade na camisa apenas nas mangas, omoplata e calção; barra de camisa ou axila, propriedades da camisa utilizadas em 2009, tem a venda proibida. Uma particularidade do primeiro contrato é que teve um "bônus" de um milhão de reais pelo mês de dezembro de 2012, quando o Corinthians venceu o Campeonato Mundial de Clubes.
O contrato atual foi assinado em 24 de fevereiro de 2015 e expirou esta terça-feira. Este ano, a Caixa concedeu R$ 83 milhões de reais a clubes de futebol, distribuído conforme a tabela abaixo.
Clube | Valor em milhões |
---|---|
Flamengo | 25 |
Atlético Mineiro | 12,5 |
Cruzeiro | 12,5 |
Atlético Paranaense | 6 |
Coritiba | 6 |
Sport | 6 |
Vitória | 6 |
Chapecoense | 4 |
Figueirense | 4 |
CRB | 1 |
Além do patrocínio a clubes, o banco investe na Copa Verde, Copa do Nordeste e no Brasileirão Feminino, somando R$ 15,6 milhões. Todos estes patrocínios seguem os critérios definidos no PROFUT. “A vinculação dos patrocínios da CAIXA ao PROFUT demonstra que o banco está alinhado a essa iniciativa do governo federal para a profissionalização do futebol: gestão fiscal, governança, fortalecimento do futebol feminino, melhoria das condições de trabalho dos atletas e formação de categoria de base", declarou Miriam Belchior, presidente da CAIXA.
Depois do encerramento das negociações com o Corinthians, o banco negocia com o Vasco da Gama. Outro clube que pode receber recursos seria o Atlético Goianiense, mas depende do resultado das demais tratativas. A Caixa pretende gastar no máximo mais 32 milhões de reais em patrocínio, de acordo com Gerson Bordignon, superintendente de marketing da instituição financeira.
Negociações com o Corinthians
O Corinthians pediu R$ 40 milhões pelo patrocínio no peito e costas da camisa, além da liberação de anúncio na barra da camisa ou compensação equivalente ao valor que poderia ser obtido, de R$ 6 milhões. Esta pedida do Corinthians foi baseada no retorno sobre investimento da visibilidade, potencial de alcance se devidamente ativado pelo banco e contrapartidas oferecidas pelo Corinthians. O clube acreditava que a demanda era justa pelo valor e potencial das marcas envolvidas: Caixa Econômica Federal e Sport Club Corinthians Paulista.
Somado aos valores já recebidos pela omoplata (Winnerplay), número da camisa (TIM) e calção (Special Dog), o Corinthians superaria os sessenta milhões de reais anuais em patrocínio na camisa.
Na reunião ocorrida nesta quarta-feira entre Caixa e Corinthians não se chegou a um acordo, porque o banco insistiu em pagar apenas 30 milhões de reais e manter o veto à barra da camisa.
A negociação de Naming Rights da Arena envolve outra instituição financeira; neste caso, espera-se que o grupo que adquira o nome da arena também patrocine a camisa, pelo mesmo valor pedido à Caixa.
Acho que a parceria foi proveitosa para ambos enquanto durou; estaremos de olho na próxima. Ouça-me no Podcastimão ou me xingue no Twitter. Vai Corinthians!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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