Que saudades do Doutor!
Opinião de Ulisses Lopresti
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“O Corinthians não é só um time, é um estado de espírito”. Poucas frases podem definir mais o Timão do que essa. O autor dessa fala só podia ter vivido o Corinthians da forma mais intensa possível para entender tão bem o que esse time de futebol pode representar. Foi o Dr. Sócrates que resumiu tão bem o Corinthians com essas palavras.
No último dia 4, completaram-se nove anos que Sócrates nos deixou. O “Magrão”, como era carinhosamente conhecido, faleceu em domingo, o mesmo em que o Timão ganhou o Brasileirão de 2011. Aquela data ficou mais marcada pelas homenagens ao ídolo do que pelo próprio título, pelo menos para mim. Foi um grande misto de emoções.
Na minha opinião, Sócrates é o maior ídolo da história do Corinthians. Além de craque, o jogador compreendeu a raiz combativa do time e fez o maior feito da história do clube: A Democracia Corinthiana. O Timão naquela época lutou contra uma estrutura ultrapassada no futebol e acabou contribuindo com uma mudança política na história do país, que passava por um período de redemocratização.
Dentro de campo, Sócrates também representou muito para o Corinthians. Depois de 23 anos sem ganhar título, o Timão saiu da fila em 1977, com um time marcado pela raça e vontade. Porém, foi com o Magrão que o Timão voltou a mostrar um futebol muito bem jogado. Tendo o camisa 8 como referência técnica, os elencos campeões de 1979, 1982 e 1983 eram conhecidos pelo bom futebol. O jogador teve tanto reconhecimento que foi capitão da Seleção Brasileira na Copa de 1982.
Diante a tanto simbolismo, é difícil para quem não viu Sócrates imaginar o quanto ele representava naquela época. Em 2011, só ficou mais provado que não importa, você pode não ter o visto em campo, mas sabe que ele é o “corinthianismo” em pessoa.
Sócrates faz muita falta, mas é nosso dever como Fiel sempre exaltar a imagem do ídolo, e mais importante, sempre exaltar o craque.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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