Na partida de sábado, contra o Botafogo, o Corinthians ganhou e encantou a Fiel, mas algo que mais me chamou a atenção foi o setor defensivo do time. Fábian Balbuena fez seu terceiro jogo desde que voltou ao Brasil, e é surpreende como parece que ele nunca saiu.

Desde sua reestreia é notável que nada mudou. Balbuena assume novamente no clube a função de um capitão. Já contra o Atlético Mineiro chamou a palavra dentro do vestiário e, em campo, parou um dos melhores jogadores e mais fortes do Campeonato Brasileiro, ao lado de um zagueiro que jamais tinha jogado junto.

Esse detalhe também merece atenção. Bruno Méndez vem jogando muito bem ao lado do paraguaio, e sábado mostrou até uma evolução no seu futebol. Estava mais confiante, mais sério, mais raçudo e mais livre. Saia para dar o bote, perseguia o adversário com a bola até o desarmar e chegou a dar cobertura pro Rafael Ramos chegar mais ao ataque.

Balbuena desde sua primeira passagem sabe muito o que é o Corinthians, o que sua torcida exige e como entrar em campo pelo clube. Aparentemente, ele conseguiu passar a mesma ideia para o seu companheiro de posição, de apenas 22 anos.

Além disso, o General foi fundamental na posse de bola do Corinthians. A todo momento que o Timão tinha a bola, notava-se que ele falava e gesticulava bastante. Como um mestre conduz sua orquestra, Balbuena coordenava a saída de bola da equipe.

Cássio atuou com o zagueiro em 2017 e o elegeu um dos melhores com que trabalhou em sua carreira - ao lado do Gil. Esse carinho é traduzido em campo, Balbuena não só sabe organizar a defesa, como também sabe quando pode chamar o Gigante com os pés ou até quando ele vai sair do gol.

Balbuena se sente em casa, é um capitão sem a faixa, merece ser titular absoluto desse time.

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