Uma imprensa seletiva e virulenta
Opinião de Walter Falceta
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Em 3 de Outubro do ano passado, o Flamengo cambaleante (havia sido derrotado pela Ponte Preta no dia anterior) anunciou uma lesão na coxa esquerda do atleta Diego.
Por este motivo, foi cortado dos dois últimos jogos da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra Bolívia (05/10) e Chile (10/10).
Estranhamente, no entanto, mesmo nesse período seguiu treinando, inclusive com bola, no gramado do Ninho do Urubu.
Vale lembrar que a imprensa carioca celebrou o empenho do jogador, como na matéria de Amanda Kestelman para o G1.
No dia 15 daquele mês, o antes contundido Diego já estava tinindo e anotou o gol da vitória de seu time contra a Chapecoense.
Para a imprensa, mérito da comissão técnica do rubronegro e do esforçado jogador.
Situação muito semelhante se passa agora com Fágner, lateral direito do Corinthians e da Seleção Brasileira, diagnosticado com uma lesão muscular no último dia 31.
Berra parte da imprensa que o atleta e o Corinthians encenaram uma farsa para que reforçar o time paulista na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil.
O motivo é a recuperação do jogador, que se deu em prazo inferior àquele previsto pelos médicos.
Ora, por que o caso de Diego é celebrado como triunfo de superação e o caso de Fagner é tratado como fraude?
A pergunta, aliás, se estende àqueles cartolas e jornalistas flamenguistas que tanto criticaram a escalação de Fagner para compor a seleção de Tite na Rússia.
Gritavam que se tratava de um jogador limitado, grosso e incapaz de executar sua função em campo.
Por que tanto receio do rapaz agora?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.