Sylvinho e a arte de desperdiçar pontos
Opinião de Walter Falceta
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A impressão é de que o jogo teria o mesmo enredo da derrota para o São Paulo. Persistente na lentidão, na sonolência e no tiki-taka caranguejo, o time tomou o gol nos primeiros minutos. Falha de marcação de Gabriel e posicionamento equivocado de Fabio Santos.
Depois, aos poucos, o time equilibrou a partida e teve maior posse de bola. O onze alvinegro procurava ocupar mais a faixa central do campo, território que foi um deserto criativo na partida contra o Tricolor.
O elenco frágil e curto do Internacional não criava grandes chances de ampliar o placar. No segundo tempo, no entanto, Yuri Alberto mandou um bola no poste direito da meta corinthiana.
Aos 13 minutos, o técnico corinthiano promoveu duas mudanças. Saíram Vitinho e Gabriel, substituídos por Mosquito e Du Queiroz. O time ganhou musculatura, especialmente pelo meio, e logo conquistou o empate, em bela assistência de Gabriel Pereira para a conclusão de Giuliano.
Os donos da casa sentiram o baque e, logo em seguida, o Corinthians virou com Fábio Santos, cobrando pênalti sofrido por Roger Guedes.
Depois disso, no entanto, o Corinthians retraiu-se em demasia. Quando assume a vantagem, especialmente jogando fora de casa, é normal que qualquer time tome precauções defensivas. Não pode, contudo, abdicar do jogo e da posse de bola.
Nos 15 minutos finais, o time de Sylvinho cedeu dois terços da cancha ao Inter e se deixou encurralar na defesa. Já nos acréscimos, o treinador sacou Renato Augusto para a entrada de Jô.
Como o time havia desistido da ação ofensiva, pressupõe-se que a ideia é utilizar o atacante como mais um peça defensiva, concentrada na bola alta.
Aos 47 minutos, o plano de convidar o Inter para o campo de ataque "surtiu efeito". Aproveitando a negligência dos marcadores e o buraco à frente da linha de zaga, Gustavo Maia mandou a redonda para o fundo das redes.
Recuo sem posse de bola, descompactação de linhas e falha de Cássio levaram o time de Parque São Jorge a desperdiçar dois pontos e seguir atrás do rival gaúcho na tabela. O roteiro de erros se repete mais uma vez.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.