Mais um herói na arquibancada de cima
Opinião de Walter Falceta
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É... O destino é mesmo implacável, caro leitor. Não permitiu que Zé Eduardo acompanhasse, nos próximos dias, a reedição da histórica final contra a Ponte Preta.
Nosso zagueiro foi peça importante na conquista que pôs fim ao jejum de 22 anos, oito meses e sete dias.
Atuou no primeiro jogo, aquele que vencemos com gol de cara de Palhinha. Atuou também na derrota por 2 a 1, no domingo seguinte, quando foi amarelado pelo árbitro Romualdo Arppi Filho e acabou suspenso.
Uma pena, grande, enorme, que não tenha aparecido na foto-cartaz do título, produzida em 13 de outubro.
Zé Eduardo começou no salão, em Itu, praticando um futebol rápido e objetivo. Veio para o nosso Terrão em 1972 e demonstrou foco, disciplina e muito vigor.
Subiu ao time principal em 1975 e se consolidou no ano seguinte, na gestão do folclórico técnico Filpo Nuñez.
Em 1978, mais uma vez a sorte não lhe foi generosa. Estava cotado para compor a delegação nacional que nos representaria na Copa da Argentina.
No entanto, fraturou um osso da face em uma disputa com Enéas da Portuguesa. Ficou cerca de um mês e meio afastado e perdeu sua chance de figurar na Seleção.
Zé Eduardo foi daqueles que se doaram física, mental e espiritualmente pelo Time do Povo, sagrando-se campeão estadual também em 1979.
Com sua colaboração valente, obtivemos 93 vitórias e 54 empates. Depois de aposentado, manteve-se sempre próximo do futebol, educando jovens atletas e oferecendo atenção especial aos torcedores corinthianos.
Durante largo tempo, venceu o câncer. Bravamente. Desta vez, porém, decidiu alçar-se à arquibancada de cima.
Obrigado, querido Zé, herói da Nação Corinthiana.
Para sempre, dentro dos nossos corações.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.