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Um time que ficou enrolado
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Um time que ficou enrolado

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Um time que ficou enrolado

Fagner: sofrimento no corredor do ataque santista

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

1) Há três fases do Corinthians neste Campeonato Brasileiro. A primeira é de desenvoltura e se estende até a vitória contra o Palmeiras. A segunda é de rendimento reduzido, a partir do empate contra o Atlético Paranaense. A terceira se inicia neste segundo turno; e exibe um time enrolado.

2) Nesta terceira fase, disputou três partidas. Ganhou uma e perdeu três, com aproveitamento pífio de 25% dos pontos disputados. Anotou apenas um gol, estabelecendo no returno média de 0,25% por jogo. Tomou quatro, ou seja, média de um gol por partida.

3) Mas, afinal, por que enrolado? Porque retornou sem a pegada do primeiro turno, raramente verticaliza jogadas e se confunde em tramas de meio de campo inócuas, em ações que lembram os avanços em meia-lua do hanbebol.

4) Para essa situação colabora o desempenho confuso de Rodriguinho e Jadson. Ou travam as jogadas ou as desperdiçam. Rodriguinho porque prende demais a bola e acaba facilmente desarmado. Jadson porque se exercita na imprecisão do passe.

5) Verifica-se também queda de rendimento na dupla de volantes. Desapareceu o "homem surpresa", muitas vezes encarnado por Maycon no primeiro turno. Nem ele nem Gabriel parecem calibrados na cobertura dos laterais.

6) Em mais esta derrota para o Santos na Vila Belmiro, onde o time não vence desde 2014, Fagner sofreu sozinho no lance contra o lépido pernalta Bruno Henrique. No segundo tento, novamente o atacante santista ofereceu assistência a partir do desguarnecido setor direito mosqueteiro.

7) O time enrolado do Corinthians não foi capaz de exercer uma marcação eficaz sobre Lucas Lima. Antepondo-se entre a bola e o adversário, em um roteiro previsível, o meia peixeiro cavou faltas e cartões amarelos para os adversários.

8) Pablo não repete o desempenho do período que antecede sua grave contusão. Marciel, esforçado na esquerda, não foi capaz de suprir a falta de Guilherme Arana.

9) Todas essas falhas de um time que se desorganizou depois do recesso poderiam ser minimizadas por alguma efetividade ofensiva. Mas a história deste segundo turno é de seca de gols. Quando as chances aparecem, há sempre alguma hesitação, o chute tardio, mascado ou sem direção.

10) Incomoda o discurso recente, antes e depois da partida, de que "é difícil jogar na Vila Belmiro". Ora, e quem não sabe disso? Convém adotar-se outra postura nos clássicos disputados na Baixada. Parece também que ainda não caiu a ficha referente à queda de rendimento no certame. A gordura não vai durar para sempre.

11) Convém vencer o Vasco em casa, na próxima rodada. Depois, vem mais pedreira. Nos treinamentos e nas conversas de grupo, a missão de Carille é desenrolar o Corinthians.

Veja mais em: Corinthians x Santos.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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    Luiz 77500 comentários

    @luiz.fernando.balest em

    Realmente foi um jogo para se esquecer e lamentar, o pior de tudo isso e escutar Jadson, Rodriguinho e Carille, falando que precisamos retomar o bom futebol e blá, blá, bla´... Caraca velho tá na hora de se reunirem com esses babacas e questioná-los sobre o que está acontecendo!

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    @veterano.1977 em

    Muito boa análise.
    Faltou falar da queda de rendimento físico do time. Perguntem para o preparador físico Valmir Cruz.
    A atraso de pagamento de salários ou direitos de imagem estaria "afetando" o desempenho dos jogadores?

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    Itamar 29 comentários

    61º. @itamar.paz em

    Qual era a grande façanha do nosso time? A movimentação, triangulações, e recomposição do meio campo. Tudo funcionando quase que perfeitamente, somado a isso uma eficiência mortal do ataque que as vezes só tinha uma ou duas bolas e resolvia o jogo. Nos últimos jogos que perdemos vimos um time mais desorganizado, sem conseguir fazer as triangulações e dando muito espaço ao adversário. O ataque antes eficiente e mortal agora passa 4 rodadas com apenas um gol tendo em alguns dos 4 jogos mais chances criadas que em outros jogos vencidos. E quanto ao Fagner ou qualquer outro defensor se você deixar o cara no mano a mano com um atacante de velocidade como o BH fatalmente o atacante vai sair na vantagem na maioria dos lances... Acredito que foi mais um problema de ajuste do time do que falha individual do Fagner... Mas apesar dos problemas acredito no time, essa má fase vai passar. Jogar bem contra o racing e vencer o Vasco domingo. Retomar o caminho das vitórias e das boas atuações.

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    Ramon 22946 comentários

    60º. @ramon.felipe1 em

    Tá começando a se enrolar mas ainda da tempo pra retomada.

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    Bryan 813 comentários

    59º. @bryan.ferst em

    Particularmente, acho que os times pegaram o jeito do Corinthians. Nós estamos sem variações, sem surpresas. Acho nosso time muito amarrado, muito estático. O sistema de duas linhas de 4 com o Rodriguinho no meio como cérebro, estamos refens de um cara. Hoje, acredito que segurar o Gabriel, abrir os zagueiros e avançar laterais, seria uma forma de compor mais o meio. Trazer. Movimentação do Jadson para o meio para armar o jogo é avançar o Rodriguinho como atacante, formando um 3-4-3, isso para sobrepor as retrancas que estamos encarando, e com o Vasco vai ser a mesma. Nunca tivemos uma super individualidade, tivemos conjunto, só que hoje estamos presos em retrancas, sem espaço e treinados para jogar no espaço.
    Acredito que essa movimentação não vai acontecer porque o Carille vem da escola do Tite e Mano, e não é perfil deles esse tipo de alternativa.
    Seguindo essa linha que estamos vindo, sem um jogador para quebrar linhas com jogada individual, acho que vamos sofrer bastante.

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    Bruno 6323 comentários

    58º. @bruno.dionizio em

    A missão do Carille é testar novos esquemas táticos, pois todos os times que estão jogando contra nós só jogam na retranca. Logo, descobriram como vencer o Corinthians. Até o Atlético GO ganhou de nos jogando assim e o ruim disso é que o Carille ainda não percebeu isso!

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    Ney 9601 comentários

    57º. @ney.bala1 em

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