Fiel, mas dividida: a nova torcida do Corinthians
Opinião de Danilo Augusto
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Um jogo no início de um feriado prolongado que teve seu horário alterado duas vezes e acabou ficando marcado para as 11 da manhã. Teria tudo para ser um fracasso de público, não fosse um jogo do Timão. A partida era na Arena Corinthians, e a fiel torcida jamais deixaria isso acontecer. Um pouco mais de 35 mil corinthianos, antes do almoço, viram o Timão fazer 3 a 0 na Ponte Preta, em Itaquera.
Tudo legal, lindo, maravilhoso, mas a união da torcida acabou após um momento bem desagradável. André entrava em campo no segundo tempo, no lugar de Luciano. Parte da torcida, que não gosta do atleta, decidiu vaiar o atacante antes mesmo dele tocar na bola pela primeira vez.
Tite não gostou, parece que ele não reconhece mais a torcida do clube que já dirigiu mais de 300 vezes. É nítido o descontentamento do treinador, que já mandou recados do tipo "aqui não tem vagabundo" aos torcedores mais impacientes.
Mas não é só isso que divide a torcida. Há outras divergências que vemos, debatemos e não chegamos em nenhum consenso:
- Levar sinalizadores no estádio é legal?
- Vale vaiar o jogador quando ele não faz uma boa partida?
- E quanto a vaiar um jogador que acabou de entrar em campo?
- Está certo gritar "bicha" toda vez que o goleiro adversário bate tiro de meta?
- A torcida tem o direito de ir no treino para conversar com os jogadores?
Mesmo com tantas diferenças, todos parecem querer o que acreditam ser o melhor para o Corinthians, no entendimento de cada um. O Timão é, de longe, o clube que mais leva público nos estádios. A média de 33.934 torcedores é mais de 9 mil acima do Palmeiras, segundo colocado.
Só que parece que cada um que vai na Arena Corinthians pensa de um jeito diferente...
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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