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Corinthians em Porto Alegre: na raiz do insucesso
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Opinião de Walter Falceta

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Corinthians em Porto Alegre: na raiz do insucesso

Fagner: muito trabalho na lida defensiva

Foto: Agência Corinthians

Um) Planejamento adequado teria provido o Timão de pelo menos um atacante de primeira linha neste Brasileirão. Em jogos de um campeonato equilibrado, chances desperdiçadas conduzem ao inevitável fracasso. O primeiro tempo em Porto Alegre poderia ter rendido melhor resultado ao Corinthians se, no lugar no sempre inoperante André, o time contasse com um atleta definidor.

Dois) O mesmo planejamento falhou ao compor o setor de armação do meio campo. Giovanni Augusto trata bem a bola, mas não é cérebro criativo, não tem visão estratégica na construção de jogadas. Em geral, perde-se no jogo burocrático, telegrafado, facilmente antecipado pelo adversário.

Três) A metade ofensiva do Corinthians joga descompactada, com vastos territórios horizontais desocupados. Roger, técnico do Grêmio, sabia que para empacotar o Corinthians bastava impedir os avanços diagonais de Marquinhos Gabriel e prender Fagner na defesa. Realizou a missão, sobretudo, no segundo tempo.

Quatro) Sim, a segunda etapa foi decisiva para o malogro alvinegro. Iniciou-se como um treino em meia cancha. O Corinthians, acuado e assustado, mal cruzava a linha divisória.

Cinco) Bruno Henrique e Rodriguinho viram-se logo diante da infantaria inimiga, pois faltava apoio de marcação dos homens de frente, também incapazes de prender a bola no campo adversário.

Seis) Faltava no Corinthians um atleta pensador do jogo, como tem sido no tricolor gaúcho o velho Douglas, de tantas glórias aqui.

Sete) Cassio, de boa performance no primeiro tempo, mostrou que vive momento de instabilidade. Em sua melhor forma, poderia ter evitado os dois gols finais do time gaúcho.

Oito) Marlone gera eletricidade no time. Seu ingresso no time dinamizou o setor ofensivo. Quanto a Guilherme, novamente, entrou e imediatamente assumiu sua curiosa condição de homem invisível.

Nove) Sabe-se que algo vai mal no planejamento quando um volante, como Bruno Henrique, e um zagueiro, como Balbuena, passam a ser as referências ocasionais e desesperadas de ataque.

Dez) Certamente, há problemas na composição tática do time do Corinthians. Mas será mesmo o técnico o principal responsável pelos insucessos recentes? Que omelete é possível fazer com esses ovos? O que você acha, caro leitor?

Onze) No insucesso, há as digitais da atual administração corinthiana, confusa e pouco transparente. Pouco retorno para alto investimento. A Lei Pelé entregou o futebol aos tubarões intermediários, e isso prejudicou todo o futebol brasileiro. Mas o Timão é dos clubes que mais oferecem mimos e lucros a esses predadores do mercado esportivo. É preciso mudar!

* Em um país de cartolas sérios e inteligentes, o futebol convencional faria uma pausa para os jogos olímpicos. Mas o que esperar dos dirigentes padrão 7a1?

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Walter Falceta

Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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