Pivô do 'caso Alyson' quebra silêncio e acusa pessoa influente do Corinthians
4.2 mil visualizações 50 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Um dos maiores escândalos das categorias de base do Corinthians ganhou um novo capítulo nesta semana. Em entrevista concedida ao Yahoo! Esportes, o ex-gerente da base do Timão e um dos pivôs do "caso Alyson" quebrou o silêncio e veio a público das sua versão dos fatos.
Em maio deste ano, foram divulgadas inúmeras reportagens denunciando que o atleta Alyson, de 16 anos, havia tido 20% de seus direitos econômicos vendidos de forma irregular por 60 mil dólares ao empresário estadunidense Helmut Niki Apaza. Fábio Barrozo, ex-gerente da base, Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, conselheiro vitalício, e Julio Cesar Polizeli, agente do jogador, foram acusados pela irregularidade.
"Eu fui usado como bode expiatório. Atendi ao pedido de uma pessoa muito influente no Corinthians, que queria ajudar a um amigo empresário", disparou Barrozo.
"Não tive contato com dinheiro nenhum. Lembrando que a parte cedida ao Niki pertencia ao agente do Alyson, portanto, não haveria porque esse dinheiro entrar no Corinthians", completou, informando que 20% dos direitos do atleta pertenciam a Polizeli e os outros 80% eram do clube.
Alegando inocência, Barrozo entrou com um processo de injúria, calúnia e difamação no dia 18 de maio contra o Niki. O ex-gerente da base alvinegra cobra R$ 500 mil como indenização.
Por conta da repercussão interna do escândalo, ainda dentro do Parque São Jorge, antes de estourar na imprensa, o Corinthians promoveu uma espécie de limpa na diretoria das categorias de base. Barrozo foi um dos nomes a deixar o clube.
"Meu trabalho estava sendo minado pelas partes superiores que comandam o clube (...) Fui coagido a pedir demissão. Mas prefiro responder sobre quem me coagiu só na Justiça", alegou.