Não espere do Corinthians o que ele não vai entregar
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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O começo de 2018 se parece com o início de 2017.
Enquanto vemos o principal rival contratar jogadores de nome, o Corinthians traz atletas de baixo investimento.
Acompanhei alguns jogos do Bahia e gostei do futebol do Juninho Capixaba. Fecha bem a linha de quatro zagueiros e é ousado no apoio. Acho que dará certo.
O experiente zagueiro Henrique, virtualmente contratado, deverá se destacar, como já ocorreu com seus antecessores. O time começa marcando no ataque, a zaga raramente fica exposta. Dessa forma, a vida dos beques é facilitada. Além disso, ele tem boa saída de jogo.
Renê Júnior e Júnior Dutra serão bastante úteis na composição do grupo. Muito melhores que Felipe Bastos e Kazim (se bem que Dutra deve ser utilizado como opção pelas beiradas, caso Lucca não fique).
A exceção á regra do pouco investimento deverá ser Henrique Dourado. Será um bom reforço. Não esperem dele, toques de efeito, pedaladas, refino no trato com a bola. Mas o cara se posiciona bem, pega a bola que sobra e bota para dentro, além de ser um ótimo cobrador de pênaltis. Tem a cara da Libertadores.
O roteiro segue a filosofia do clube. Em dificuldades financeiras graças à incompetência (vendo com bons olhos) dos dirigentes, o Corinthians aposta na sólida estrutura que oferece aos atletas, na autoestima do time brasileiro mais vencedor dos últimos anos e, principalmente, no trabalho de Fábio Carille.
Por isso é ridículo comparar o Corinthians com os rivais, analisando posição por posição.
Ridículo porque falta nessa comparação simplista o fator tático e o conjunto, a liga entre os jogadores. Isso pesa muito em favor do Timão.
Muitos, aliás, ainda precisam entender melhor nosso treinador.
Convicção, solidez e conservadorismo são características dele.
Não esperem de Carille, grandes mudanças táticas, ousadia e ofensividade.
Quando o time caiu de produção no ano passado, e a torcida, desesperada, pedia mil e uma alterações, o que ele fez?
Mexeu cirurgicamente em duas posições.
Será assim em 2018.
Não sei se seremos campeões, o time poderá não arrancar suspiros, mas será difícil de ser batido.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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