Por 'energia surreal' às mulheres, ex-Corinthians e Santos torce por Fazendinha lotada neste sábado
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Por Lucas Faraldo e Sarah Tonon
A manhã deste próximo sábado tem tudo para ser histórica no Corinthians. E isso independe da conquista ou não do título do Campeonato Paulista Feminino. O quase centenário Estádio Alfredo Schürig, a Fazendinha, deve receber milhares de torcedores para assistirem à final da equipe feminina contra o Santos, pelo Estadual da categoria. O Corinthians está distribuindo de graça as entradas para a finalíssima. Os ingressos podem ser reservados por todos os torcedores do Timão no site omni.omniticket.com.br e os sócios do Fiel Torcedor também podem realizar suas reservas pelo site do programa.
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Recém-aposentada e ex-zagueira de Corinthians, Santos e Seleção Brasileira, Alline Calandrini conversou com a reportagem do Meu Timão sobre sua expectativa para o duelo decisivo e também a perspectiva de "casa cheia" no Parque São Jorge. Para se ter noção: a última partida da equipe masculina profissional por lá data de 2002, num amistoso contra o Brasiliense.
Atualmente o estádio tem capacidade oficial para 16 mil torcedores. Por medidas de segurança, tal número tende a ser reduzido. Já será considerado um sucesso em termos de público se a final deste sábado se aproximar da casa de 10 mil corinthianos (haverá torcida única, por determinação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo)
"Estou muito ansiosa", sintetizou a ex-defensora, que agora vem se dedicando na empreitada de se tornar jornalista esportiva. Muito em função de ter se aposentado com a camisa do Timão, ela tem feito ações para aumentar a divulgação da equipe feminina corinthiana e trabalhado nas transmissões da Corinthians TV - deve ganhar um programa no canal.
Na partida de ida das finais, na qual o Santos jogou em casa e saiu em vantagem vencendo por 1 a 0, a torcida da equipe mandante fez bonito: levou quase 14 mil pessoas às arquibancadas da Vila Belmiro numa noite de terça-feira. Calandrini deixou escapar chateação por conta do apoio da torcida quase exclusivamente em finais, mas enalteceu as consequências que um bom público num jogo das meninas pode ter à equipe corinthiana e à própria modalidade.
"Em relação ao apoio, é uma energia surreal quando tem torcedor gritando e cantando... E a torcida corinthiana é totalmente diferente. A gente sabe que a energia é a maior de todas! (risos) Maior que todos os clubes que têm no Brasil. Tanto que as meninas vestem a camisa e têm muito orgulho de estar vestindo, sabe?", afirmou a ex-corinthiana e santista.
"Mas é uma pena que esse cenário é apenas em final, sempre que chega na fase final o estádio lota, como o Santos lotou a Vila Belmiro... É claro que isso dá uma visibilidade ao futebol feminino e as pessoas passam a conhecer as meninas, como elas jogam e tem o chamariz né... Isso faz total diferença. Sempre que o estádio enche, vira pauta em vários lugares e aí o futebol feminino ganha destaque. É muito importante quando o futebol feminino é visto por todo mundo", reforçou a ex-zagueira de 30 anos de idade.
Mas para a festa da Fiel ficar completa, as comandadas do técnico Arthur Elias precisam reverter o placar adverso do jogo de ida. Alline Calandrini, que participou de seis jogos do Corinthians na atual edição do Paulista Feminino, projetou a virada de suas ex-colegas:
"A expectativa, é óbvio, é que a gente faça um jogo melhor do que fizemos na Vila Belmiro. Acho que não conseguimos desempenhar nosso melhor papel em campo, a marcação do Santos estava muito eficiente e acho que isso dificultou um pouco mostrarmos o que a gente tem de melhor. E, sem dúvida alguma, agora é recuperar... Acho que hoje (quarta) as meninas já se recuperaram e quinta é aprimorar, arrumar o que estava de errado e estarmos prontas para sábado", explicou a ex-zagueira.
"A gente espera de verdade que a torcida corinthiana esteja presente, assim como a torcida santista se fez presente, pois o torcedor fez total diferença na Vila Belmiro e, se o Parque São Jorge estiver lotado... Nossa! A emoção... A energia vai ser completamente diferente! Queremos lotar a Fazendinha", finalizou Calandrini.