Comemorem a eliminação dos rivais, mas olhem para o nosso umbigo
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Só mesmo o futebol.
No mesmo dia em que o Itaú BBA divulga estudo que aponta Palmeiras e Flamengo como os clubes brasileiros que mais faturam (com larga vantagem), os riquinhos foram para o brejo.
Ao longo do dia, programas esportivos elogiavam a gestão de ambos. Elogios que merecem ressalvas.
No caso do “Real Madri da Pompéia”, a tal gestão se resume a dois mecenas: Paulo Nobre e Tia Leila. O primeiro, um milionário que emprestou uma grana preta, a juros de BNDES e a perder de vista, ao time de coração. O clube quase caiu pela terceira vez para a segundona naquele período, mas saneou as dívidas.
Entrou em cena a rainha dos empréstimos consignados para idosos. Leila e o marido passaram a dar as cartas no conselho e no futebol do Palmeiras.
Contrataram e mantiveram jogadores a peso de ouro, o que garantiu a formação de um elenco recheado (mas que poderia ser bem melhor, tal o volume da grana).
A prosperidade dos cariocas tem mais a ver com a boa gestão. Com executivo de multinacional no comando do clube, o Flamengo saneou as dívidas, melhorou o elenco e começou a rentabilizar o tamanho da torcida.
Como corinthiano, comemoro a eliminação de ambos.
Mas não nos iludamos.
A falta de credibilidade é a raiz dos nossos problemas.
Coisa que a nossa diretoria não transmite.
Não é o custo da Arena, a conjuntura do país e todas as baboseiras que Sanchez espalha.
A marca Corinthians foi muito maltratada.
Empresas parceiras até então desconhecidas e diretores com reputação duvidosa, fizeram com que muitos vissem as ações financeiras e de marketing com desconfiança.
O Corinthians é o maior clube do Brasil, tem a maior torcida nas regiões mais ricas do país.
Mas precisamos de Renovação e Transparência.
Nossa camisa e nossa torcida nos dão títulos mesmo sem fazermos a lição de casa.
Mas uma hora a conta chega.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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