Coelho não precisou de muito tempo para mudar a identidade do Corinthians
Opinião de Vitor Chicarolli
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Desde que assumiu o comando do Corinthians no início da última semana, o interino Dyego Coelho teve apenas dois dias de treinos com todos os jogadores à disposição (terça e sexta-feira). O restante dos treinos foram apenas com reservas em campo no CT Joaquim Grava.
Mesmo com pouco tempo de trabalho, então, o ex-técnico do Sub-20 conseguiu dar uma nova identidade ao clube do Parque São Jorge.
Começando pela drástica mudança de postura dos atletas alvinegros. É nítido que as atividades diárias no centro de treinamento têm uma intensidade maior com Coelho. Os toques curtos em campo reduzidos, tão tradicionais com o antigo treinador, deram lugar à muita movimentação e foco em finalização.
Como consequência, muita entrega dos corinthianos em um novo esquema tático nos jogos. Depois de se impor e vencer o Fortaleza na quarta, o Corinthians voltou a demonstrar força, organização e rápida adaptação a uma formação mais ofensiva no empate contra o Palmeiras no sábado.
No Dérbi, inclusive, a Fiel teve um claro sinal de mais uma novidade implantada pela comissão técnica: a participação maior do goleiro. Walter foi acionado com frequência e se viu obrigado a trabalhar com os pés - em alguns momentos teve que rifar a bola para não prejudicar a equipe.
Assim, o tão questionado "futebol defensivo" foi deixado de lado, ao menos nos dois últimos compromissos. E não foi só os telespectadores que notaram uma diferença considerável nessa última semana.
Os jogadores, em várias entrevistas, explicaram que o elenco não iria evoluir mais caso Fábio Carille, demitido no domingo passado após derrota humilhante para o Flamengo, seguisse no comando. Não bastasse as declarações infelizes, o lado tático também era um obstáculo que ele tinha que enfrentar para seguir no Timão.
Faltam seis rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro. Com a certeza de que Tiago Nunes assume o Corinthians somente em janeiro de 2020, Coelho pode ser uma boa ponte na transição do estilo de jogo do time alvinegro para a temporada que se aproxima.
Não faltavam novas peças, faltavam novas ideias.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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