Diretor nega 'Corinthians quebrado' e esclarece busca por Luan e Michael
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Por Meu Timão
A diretoria do Corinthians encara com naturalidade o fato de, mesmo apresentando resultados financeiros negativos ao longo da atual gestão, sinalizar com altos investimentos em contratações de jogadores para a temporada de 2020.
Em entrevista concedida ao portal Globoesporte.com e publicada nesta quinta-feira, o diretor de finanças do clube, Matias Romano Ávila, negou que o Corinthians esteja "quebrado" e disse ser possível pagar por reforços de alto nível justificando se tratar de uma equipe grande.
"Nós não estamos quebrados (...) Temos capacidade para fazer aquisições. O Corinthians é muito grande, tem como pagar", argumentou o dirigente.
Especificamente duas negociações vêm chamando atenção pelo alto potencial de investimento do Corinthians: o meia-atacante Luan, do Grêmio, e o atacante Michael, do Goiás. Para este último, foi formalizada oferta de 5 milhões de euros (quase R$ 23 milhões). Para o primeiro, o Timão tenta facilitar as tratativas utilizando atletas como moeda de troca.
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"Sim, temos caixa para as contratações. Esse valor (apontado na previsão de contas de 2019) de déficit é só um cenário que está no orçamento, ele ainda não é real. Pode ser mais, pode ser menos. Ainda não fechamos o ano. Essa é a previsão sem nenhuma venda, esse é o cenário ruim. Seria muito fácil colocar no orçamento a venda de um jogador por R$ 100 milhões. Mas fazemos uma previsão conservadora", analisou o dirigente.
A projeção de déficit do Corinthians em 2019 está na casa dos R$ 144 milhões, conforme exposto na última quarta-feira pela diretoria aos conselheiros em reunião realizada no Parque São Jorge. Havia previsão orçamentária no início do ano de superávit de R$ 650 mil.
A brutal diferença é decorrente principalmente da receita abaixo do esperado com venda de jogadores e diretos de transmissão de televisão. A aprovação (ou reprovação) das contas de 2019 está prevista para abril do ano que vem.
"E continuamos com essa necessidade (de vender atletas em 2019). Tomara que aconteça. Não vendemos ninguém, o que recebemos até aqui (R$ 21 milhões, segundo o balancete de junho) foi dinheiro de formador da Fifa (lei da solidariedade). Mas ainda podemos vender", pontuou, com certo otimismo, o diretor financeiro.
Cabe lembrar que na reunião da última quarta estava agendada votação da previsão orçamentária de 2020, que aponta provável déficit de R$ 21 milhões. Tal documento, que seria aprovado nessa mais recente reunião do Conselho Deliberativo, será novamente colocado em pauta em novo encontro no início da próxima temporada.