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Título de 1995 é a inspiração do Corinthians

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Corinthians repetirá a final de 1995

Corinthians repetirá a final de 1995

D.Augusto Jr./Ag. Corinthians

Juntos, fizeram 12 finais. Estão entre os maiores campeões. Enfrentaram-se na decisão mais explosiva da história do torneio. Não é preciso muito para se dizer que Corinthians e Grêmio representam o grande clássico da Copa do Brasil. Nesta quarta, às 21h50, em Porto Alegre, disputam uma vaga nas semifinais.

O Timão precisa vencer ou empatar com gols. Se ficar no 0 a 0, a definição será na disputa de pênaltis. 'Olho para trás e minha carreira tem alguns marcos importantes', afirma Tite, referindo-se à Copa do Brasil.

A esperança alvinegra é reviver o que aconteceu em junho de 1995. Em uma batalha campal e na partida mais tensa que a Copa do Brasil já viu, o Alvinegro foi campeão diante do Grêmio. E na capital gaúcha. Marcelinho Carioca garantiu a vitória de 1 a 0 e o título.'Foi uma verdadeira guerra. Foi porrada do início ao fim', relembra-se o Pé de Anjo.

Houve muito mais do que isso. 'Eu tive de intimidar um dos nossos jogadores para ele ir para o jogo. Ele não queria nem sequer viajar para o Sul, com medo dos zagueiros do Grêmio', diz Viola, centroavante do time treinado por Eduardo Amorim.

A promessa de violência foi cumprida. Além das entradas fortes e confusões, um torcedor entrou no campo para agredir Marques. Gremistas tentaram invadir o hotel onde os corintianos estavam hospedados.'O Bernardo, o Célio Silva e o Viola chegaram em mim e disseram que era para ficar tranquilo. Se o pau comesse, eles tomariam conta de tudo', revela Marcelinho, divertindo-se com a recordação.

Histórico/ Foi o primeiro dos três títulos do Corinthians na Copa do Brasil (1995, 2002 e 2009). O Timão ainda chegou à final e perdeu em 2001 e 2008. Há 12 anos, foi derrotado pelo Grêmio de Tite. Esta é o confronto de que o alvinegro não deseja se lembrar. Prefere ter na cabeça a batalha do Olímpico. 'A final de 1995 mostrou a força e a solidariedade que a gente tinha. Um tomava conta do outro. Se isso se repetir agora, eu acredito que o Timão vai sair de Porto Alegre, mais uma vez, com a vitória', completa Marcelinho Carioca, sempre disposto a dizer aquilo que a Fiel deseja ouvir.

E o que a torcida quer ver é o mesmo espírito de luta mostrado na decisão de 95. Com o mesmo resultado final.

Bastidores do primeiro título alvinegro na Copa do Brasil

As histórias da final de 1995 entre Grêmio e Corinthians, em Porto Alegre

Medo
Segundo o atacante Viola, um dos titulares não estava com muita vontade de viajar até Porto Alegre, com medo da violência dos zagueiros adversários. A situação só acabou contornada depois da pressão dos companheiros. Até porque não haveria desculpa a ser dada pela ausência de um dos principais atletas da equipe.

Proteção
Por conta das provocações da primeira decisão, no Pacaembu, Marcelinho Carioca era o alvo principal dos gremistas. Antes do segundo jogo da decisão, Bernardo, Célio Silva e Viola disseram para o Pé de Anjo não ficar preocupado. Garantiam a segurança física do meia. Cada falta dura seria retribuída na mesma moeda.

Paulo Nunes
Se os jogadores do Grêmio queriam pegar Marcelinho, os corintianos tinham sangue nos olhos por Paulo Nunes. Algo que continuaria quando o atacante se transferiu para o Palmeiras. Um dos beques alvinegros havia prometido quebrar a perna do Diabo Loiro na partida do Olímpico. Felizmente, ficou apenas na promessa.

Entrevista com Marcelinho Carioca, ex-meia do Corinthians: ‘Os gremistas tentaram invadir o nosso hotel’

DIÁRIO_ Para quem viu a partida pela televisão ou das arquibancadas, aquela decisão da Copa do Brasil de 1995 foi uma guerra. Foi mesmo?

MARCELINHO CARIOCA_ Claro que foi! Uma batalha que começou quando a gente chegou a Porto Alegre. Atiraram morteiros na porta do nosso hotel para a gente não dormir. A torcida do Grêmio tentou invadir os andares onde estávamos hospedados. Foi difícil. E no jogo foi porrada o tempo inteiro. Uma guerra.

Isso abalou os jogadores do Corinthians?
De forma alguma. A gente sabia da nossa capacidade, força e união. De certa forma, aquilo tudo serviu para deixar a equipe ainda mais forte, tanto dentro quanto fora de campo.

O Corinthians ganha desta vez no Sul?
Eu acredito. Se mantiver o espírito que tivemos em 95, tem tudo para vencer.

Você também estava presente na derrota para o Grêmio na final de 2001.
Essa decisão, nós perdemos na noite anterior. No hotel.

Por quê?
Pergunta para ele.

Ele quem?
O Vanderlei (Luxemburgo, então treinador do Timão).

Como assim? Vocês tinham time para ganhar.
Sim. Mas quando o treinador faz reunião à 1h30 da madrugada para tentar armar para um jogador, o time não tem como ganhar uma final.

FICHA TÉCNICA:

Grêmio
4-3-3
Dida; Pará, Werley, Bressan e Alex Telles; Souza, Ramiro e Riveros; Kleber, Barcos e Vargas

T: Renato Gaúcho

Corinthians
4-2-3-1
Walter; Alessandro, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Guilherme; Renato Augusto (Edenílson), Douglas e Romarinho; Alexandre Pato

T: Tite

COPA DO BRASIL > QUARTAS DE FINAL -; JOGO DE VOLTA

Onde: Arena do Grêmio, Porto Alegre, 21h50

Juiz: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)

TV: Globo

Fonte: Diário de São Paulo

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