Bolsonaro, Marcelinho, Casagrande e discussões políticas
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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O presidente palmeirense Jair Bolsonaro, como veterano político que é, não quis ficar mal com a Nação Corinthiana, depois da notícia de que ele teria se negado a vestir nosso uniforme. Recebeu o manto das mãos de Marcelinho Carioca (que está em campanha política) e posou de alvinegro.
Mais ou menos como fez Witzel, que de flamenguista não tem nada, mas se ajoelhou para tentar, em vão, lustrar a chuteira de Gabriel Barbosa depois da final da Libertadores. Político tem uma capacidade enorme de pagar mico. Vale tudo para ficar bem na fita.
FHC dizia que era corinthiano, mas nunca curtiu futebol. Dizem as más línguas que Lula era vascaíno, mas “virou” corinthiano. Dizem que nossa Arena só se tornou realidade com a ajuda do ex-presidente. Mas com ajuda ou não, o estádio está longe de ter sido um presente. Que mimo é esse que custa 1 bilhão de reais?
O tabelinha Bolso-Carioca gerou grande repercussão. Casagrande, ficou indignado com a atitude de Marcelinho. Logo, o Supremo Tribunal Virtual das redes sociais se dividiu. Bolsonaristas defendendo o governante e os opositores descendo o porrete no Pé de Anjo.
Política e futebol sempre se misturaram. Para o bem e para o mal. Mas falando dos clubes como instituições, não penso ser correto rotulá-los ideologicamente. O Corinthians tem raiz popular, mas não é time “de esquerda”. Tem muito direitista que é corinthiano. Tem muito alvinegro que votou no 17. De outro lado, o SPFC, que teve até presidente que foi governador do Estado em plena ditadura, é o time de coração de muitos esquerdistas (Haddad é um deles). Futebol é paixão. E o coração tem razões que a própria razão desconhece.
O emblemático presidente Vicente Matheus era um megacapitalista, não pensou duas vezes para contratar o politizado Sócrates. O cartola não contratou a ideologia do Magrão, mas a bola que ele jogava.
Fechando estas linhas, acho que não vale a pena, por causa de políticos (são raros os que são idealistas), perder amizades em meio a bloqueios e cancelamentos.
Quando elefantes brigam quem sofre é a grama.
Lá em cima os políticos (elefantes) aparentemente quebram o pau, mas depois se acertam, enquanto, aqui embaixo, os pobres mortais perdem tempo e energia com discussões inúteis .
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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