Clube conseguiu ficar livre para aceitar oferta da estatal pela camisa sem sacrificar acordo com grupo financeiro concorrente pela arena.

O Corinthians anunciou na manhã desta quarta-feira (13) a renovação do patrocínio máster com a Caixa. O banco pagará R$ 30 milhões por 12 meses, até abril de 2017, para estampar somente o peito do uniforme. A decisão pela extensão do contrato tem relação direta com a venda dos naming rights da Arena Corinthians. O clube conseguiu costurar um acordo para que o acerto com a Caixa não mine outro acordo, maior, para que seu estádio seja patrocinado.

Primeiro o Corinthians tentou elevar o patrocínio a R$ 40 milhões anuais. A Caixa recusou, e o clube deu as negociações como encerradas. O banco insistiu na parceria e fez nova proposta: em vez de ocupar peito e costas, como fez de 2013 a 2015, toparia pagar os mesmos R$ 30 milhões das temporadas anteriores apenas pela parte da frente. O Corinthians gostou da oferta, mas havia um entrave – há, hoje, um acordo em fase de assinatura de contrato para que um grupo financeiro patrocine e rebatize a Arena Corinthians. Por serem empresas do mesmo ramo, concorrentes, haveria conflito comercial.

Com o acordo costurado entre a Caixa e este grupo financeiro, o Corinthians fica livre para aceitar as duas propostas. A primeira já foi. A segunda é fundamental para a saúde financeira da Arena Corinthians. O clube, conforme revelou ÉPOCA, depende da assinatura do contrato de naming rights e de elevar outras receitas comerciais para não perder o controle sobre o estádio para um fundo de investimentos em 2018. O sucesso em relação a este negócio também interessa a todo contribuinte: o dinheiro dos naming rights, por contrato, tem de ser inteiramente destinado ao financiamento do BNDES que tem, inclusive, a Caixa como parceira.

http://epoca.globo.com/vida/esporte/noticia/2016/04/corinthians-chega-acordo-e-renovacao-com-caixa-nao-impede-naming-rights.html Corinthians chega a acordo, e renovação com Caixa não impede naming rights - ÉPOCA | Esporte Rodrigo Capelo mostra que, para entender o esporte, não basta somente olhar os resultados epoca.globo.com