'Papai, quero bola'. Foi assim que Victoria, a filhinha de três anos de Maldonado, se dirigiu a pai durante a coletiva de apresentação do volante. Mal sabe a garota que o desejo dele é exatamente o mesmo: jogar bola.

Com 33 anos, passagem por grande clubes como São Paulo, Cruzeiro, Santos, Fenerbahçe e Flamengo, além da seleção chilena, e diversos títulos importantes no currículo, o reforço corintiano não consegue jogar em alto nível há dois. Talento não lhe falta, mas o joelho esquerdo não deixa.

A série de lesões fez com que a notícia de sua contratação até o fim deste ano fosse encarada com emoção pelo jogador.

'Quando saí do Flamengo, liguei para o doutor Joaquim (Grava, consultor médico do Corinthians) e ele disse que eu poderia me recuperar aqui. Fiz meu trabalho pensando em voltar a jogar, mas aí veio o convite. Eu estava sem expectativa e apareceu uma chance dessas. Até chorei quando cheguei em casa', disse o volante.

Apesar da surpresa, o experiente jogador não pretende ficar assistindo aos companheiros em campo. Ele sabe que dificilmente vai tirar Ralf do time titular, mas está pronto para brigar por uma posição.

'Fiquei quase dois anos com a lesão e sem conseguir voltar direito. Hoje posso falar que estou 100%. Acho que não sou substituto do Paulinho. Até jogo, mas não com a mesma qualidade. Minha função sempre foi mais parecida com a do Ralf', falou.

Liberado/ Maldonado se diz pronto para estar em campo e, além da parte física, o lado burocrático também já foi resolvido pela diretoria.

O nome do volante apareceu no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF e, caso Tite queira mandá-lo a campo no sábado, contra o Botafogo, no Pacaembu, pode fazê-lo.

Quem também vestiu a camisa do Timão pela primeira vez foi o goleiro Walter. Vindo do União Barbarense, o arqueiro de 25 anos é bastante parecido fisicamente com Cássio, mas esperar se igualar ao titular alvinegro em outra área. 'Falam isso, mas se for parecido com ele no campo é melhor', brincou Walter.

Fonte: Diário de São Paulo