Nova regra da FIFA exige transparência nos direitos de jogadores
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Por Meu Timão
A Fifa toma mais um passo para fechar o cerco de investidores e fundos que especulam através dos direitos econômicos de jogadores. O primeiro passo já foi dado: a entidade agora exige que todos os clubes documentem quem são os fundos e empresários com participação em cada um dos atletas.
No Corinthians, o fatiamento dos direitos de jogadores é assunto recorrente - e inclui até mesmo conselheiros do clube envolvidos nas negociações. É o caso de Petros, cuja empresa de Fernando Garcia - que é conselheiro no clube - detém 50% dos direitos. O movimento, apesar de não ser permitido pelo estatuto do clube, se apoia em brecha onde o documento foi evasivo: a proibição não cita a participação de empresas dos conselheiros nos direitos.
Outros jogadores, como o jovem Malcom, de apenas 17 anos, já tem os direitos comprometidos: apenas 30% do jogador pertence ao Timão - os outros 70% são divididos entre mais 3 empresas. O Corinthians tem apenas 50% de Elias, Jadson e Renato Augusto, por exemplo. No caso de Gil e Cássio, o clube detém 90% e 60% dos direitos, respectivamente. Já Ferrugem é 100% da Ponte Preta, enquanto Ángel Romero tem apenas 20% de seus direitos ligados ao Timão.
Apesar da mudança nas regras da Fifa, que visam ter maior controle sobre os contratos e as transações, os clubes não estão muito satisfeitos. A prática, além de facilitar as operações ilegais, permite que clubes tenham jogadores de maior destaque, mesmo sem dinheiro em caixa para as contratações. Quando a medida for concluída, os times que descumprirem as normas estarão sujeitos à punições da entidade.