Edu Gaspar revela que pediu para ser liberado do Timão por conta do alto salário
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Por Meu Timão
Gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar teve uma trajetória de sucesso dentro dos gramados. Revelado nas divisões de base do Timão, o ex-meia passou por Arsenal (ING) e Valencia (ESP) antes de retornar ao clube paulista, em 2009. No entanto, após poucas oportunidades na equipe, teve de tomar uma atitude surpreendente.
“Eu tinha um ano de contrato ainda com o Corinthians. E percebi que eu estava incomodando o Corinthians e sendo incomodado, porque quando eu voltei da Espanha eu não voltei um jogador barato. Eu tinha um alto salário, eu tinha luvas, uma série de coisas importantes financeiramente falando”, relembrou Edu Gaspar, durante participação no programa “Bola da Vez”, da ESPN Brasil.
“Esse ano, quando eu cheguei pro Andrés (Sanchez, então presidente) em 2010, eu tinha mais um ano até 2011. Nós conversamos na sala dele e eu falei: ‘Andrés, vamos parar por aqui. Estou me sentindo mal de não estar sendo útil como gostaria. Sou um cara caro, estou fazendo mal ao clube e mal a mim mesmo”, disse.
Entretanto, apesar da vontade de deixar os gramados, Edu resolveu seguir o conselho de Andrés Sanchez e tentou a última “cartada”. “Eu recebi um chamado do West Ham, da Inglaterra. Nesse dia, eu falei: ‘Vou tentar mais uma vez’. Fui pra lá e o presidente do clube falou: ‘Edu, tem dois jogadores que estou vendendo. Assim que eu vender o primeiro, você entra na lista. Mas já vem treinando com a gente’”, contou.
“E eu fui, fiquei treinando. Fechou o prazo, eles não conseguiram vender os dois jogadores e voltei ao plano inicial. De lá, avisei minha família, meu pai, minha mãe e minha esposa. Falei: ‘Estou parando de jogar. Encerrei minha carreira, vou me dedicar às minhas coisas pessoais que tenho e parei’. Depois de 20 dias, o Andrés me chamou pra assumir esse cargo que estou até hoje”, revelou.
Além do alto salário, Edu sequer era utilizado por Mano Menezes, então treinador do Timão. Sincero, ele não escondeu a mágoa com o ex-comandante. “Teve dias que eu não estava na lista de convocados e no sábado, véspera da viagem, no meio do treino: ‘Edu, vai lá pegar suas coisas que você vai viajar com a gente’. Aí aviso minha esposa, pego minha roupa, vou para o hotel, saio correndo, chego no aeroporto e vou pro jogo. Chego no jogo e sou cortado”, lamentou.
“Isso daí que me machucou. Eu falei: ‘Não tenho problema de não estar convocado. Mas não faça isso comigo. Eu não estou dando trabalho, respeito pra caramba (sic) o cara que está jogando, não abro a boca. Mas por que fazer isso dessa maneira comigo? Não foi uma vez. Então isso me chateou muito”, completou.