Em nota oficial, Gaviões argumenta contra jogos às 22h
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Por Meu Timão
Depois de se manifestar contra a ação da Polícia Militar no jogo contra o Linense, a Gaviões da Fiel emitiu mais um comunicado nesta segunda-feira. Desta vez, a maior torcida do Corinthians explicou o porquê de protestar contra os jogos das 22 horas.
De acordo com a organizada, o horário do jogo é ruim para todos os torcedores, tanto os que assistem aos jogos de casa, que precisam esperar a partida em um horário tarde mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte, como os que vão ao estádio, que vivem uma situação ainda mais difícil devido ao horário de funcionamento do transporte público.
Diante dessas situações, a Gaviões da Fiel se mostra contra o horário do “jogo da televisão” e se diz contra a comercialização do futebol.
A Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão das partidas, é um dos alvos da torcida nos protestos que começaram nos jogos do Corinthians e que, cada vez mais, vem ganhando apoio de diversos torcedores em todo o Brasil.
Confira na íntegra o comunicado da Gaviões da Fiel:
Por que somos contra os jogos das 22 horas?
O histórico de reivindicações da nossa torcida é antigo. A essência dos Gaviões da Fiel sempre foi de lutar, vibrar, torcer e seguir todas as atividades esportivas nas quais o Corinthians esteja presente.
Quando debatemos sobre o jogo das 22 horas, o “jogo da televisão”, falamos sobre milhares de pessoas prejudicadas simplesmente para cumprir com a grade de horário da emissora.
O torcedor Corinthiano é o mais prejudicado nessa história, pois a maioria dos jogos de semana acontecem nesse horário. Todos têm o direito de ver seu time jogar. Quem vai ao estádio ou quem assiste pela TV lida semanalmente com o problema do horário.
Os torcedores que acompanham de casa, a maioria cansados após uma jornada de trabalho ou estudos, precisam esperar até as 22 horas para acompanhar a partida e só vão dormir na madrugada do dia seguinte, com o tempo de descanso e horas de sono reduzida, pois geralmente acordam cedo para retomar as atividades diárias.
Já para o torcedor que comparece aos jogos nos estádios, a situação fica ainda mais difícil com a volta à casa. Nem todos possuem transportes próprios para esse deslocamento. Quem depende dos transportes públicos vive a cada jogo uma instabilidade de que horas vai chegar em casa. “Será que hoje vou conseguir pegar o último trem ou ônibus?” Se para chegar em casa já é uma luta, imagina para acordar no outro dia e ir trabalhar/estudar.
A nossa bandeira é contra a comercialização dessa paixão. O futebol para nós é mais que uma atividade esportiva, é algo que faz parte do nosso estilo de vida e não podemos entregá-lo a essa modernização que só afasta os torcedores e priorizam os consumidores.