Gerente da Arena Corinthians explica por que setor Oeste não tem preço reduzido
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Por Meu Timão
Dono da maior média de público nos estádios do Brasil em 2016, o Corinthians pretende aumentar consideravelmente os números da Arena nos próximos dois anos. O planejamento do clube é impulsionar o Fiel Torcedor, programa de fidelização do Timão, e oferecer um serviço de maior qualidade na compra de ingressos. É o que afirma Lúcio Blanco, homem-forte por trás do estádio em Itaquera.
“A meta do sócio-torcedor é uma coisa que sempre me perguntam. Nosso grande objetivo com esse programa, na verdade, é atender bem o cliente. Se gente procurar atender bem com mais associados, ótimo, mas a gente não fica mirando só associados não. A gente preza bom atendimento, esse é o objetivo principal”, disse Blanco, gerente de operações da Arena Corinthians, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Na atual temporada, a Arena recebeu exatos 32.699 pagantes por partida (maior média entre todos os times das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro). Ainda assim, é possível notar centenas de lugares vazios nos setores Oeste Inferior e Superior do estádio devido ao preço dos assentos. Para Blanco, reduzir o preço dos bilhetes não é a melhor saída.
“Aquele prédio Oeste tem um conceito diferente, um conceito que foi criado na época da construção do estádio. Ele tem um plano de marketing comercial voltado pra aquele setor e, na ocasião, foi assumido alguns compromissos onde você tem ali um valor mínimo de cadeira, que as vendas fossem pra toda uma temporada pra todo aquele prédio”, explicou.
“Obviamente, como está acontecendo em todos os segmentos, não está se concretizando aquilo que foi colocado no papel há quatro, cinco anos atrás. Hoje pra gente poder aplicar uma mudança neste conceito demanda de ajuste, de alinhamento junto com todos os entes envolvidos na construção da Arena e na gestão financeira. Não é uma coisa simples apenas baixar ingresso do setor pra que eu venda mais, não é assim que a conta funciona”, acrescentou o gerente.
No último sábado, no confronto entre Timão e Ituano, pelo Campeonato Paulista, a Arena Corinthians registrou uma marca expressiva dentro do futebol brasileiro. Inaugurado há menos de dois anos, o estádio ultrapassou os 2 milhões de torcedores pagantes. Não o bastante, a efeito de comparação, o “sonho corinthiano” faturou R$ 12,9 milhões em 2016, enquanto o Palmeiras embolsou pouco mais de R$ 10 milhões no mesmo período.
“Mas existe um dado que é importante: se fizerem uma linha do tempo de 2000 a 2007, a média de público do Corinthians era de cerca de 14 mil pessoas com preço abaixo dos R$ 20. É notório que o torcedor, obvio, ele quer ver o time bem, todo o apelo, aquele sentimento do corinthiano, corinthiano vai pro estádio encontrar o amigo, ali é uma comunidade. Mas também existe o torcedor que está voltando pro estádio porque ele quer um serviço diferenciado, um atendimento. Eu costumo dizer que tem lugar pra todo mundo na nossa casa. O que nós estamos fazendo ainda é aprendendo com isso e identificando o que é melhor pra cada público”, finalizou.