Tubulação causou acidente com mortes na Arena em 2013, diz jornal
2.9 mil visualizações 24 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) concluiu a razão da queda do guindaste que matou dois operários da Arena Corinthians, em novembro de 2013. O acidente foi iniciado devido a uma ruptura de um duto localizado no subsolo do estádio. A informação é do jornal Estadão.
De acordo com a publicação, o laudo encomendado pelo Ministério do Trabalho indica que houve sobrecarga de peso em parte do guindaste por conta da ruptura do duto de 1,20 metro de diâmetro. Posteriormente, uma inclinação maior que a suportada ocasionou a queda do equipamento durante as obras de construção do setor Leste da Arena Corinthians.
O acidente causou a morte dos funcionários Fabio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo dos Santos, 44. Ainda segundo o documento do IPT, a empreiteira Odebrecht, responsável pela construção do estádio, é quem deveria ter realizado avaliação sobre a tubulação enterrada de água pluviais existente no trajeto da máquina, além de averiguar se o duto suportaria a pressão do guindaste.
Em setembro do ano passado, a Justiça de São Paulo isentou Corinthians e Odebrecht pela morte dos dois operários e considerou culpado Valentim Valeretto, então encarregado pela verificação das condições do solo. O funcionário seria acusado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Entretanto, no mês de março, seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo e transformadas em réus pela Justiça do Estado, incluindo Valeretto. Quatro delas eram empregadas da Odebrecht, enquanto as outras duas trabalhavam para a Locar, empresa terceirizada para operar o guindaste.
Os engenheiros Frederico Marcos de Almeida Horta Barbosa e Márcio Prado Wermelinger, o técnico Gilson Guardia e o encarregado Valentim Valeretto, vinculados à empreiteira na época da queda do equipamento, viraram réus. A dupla da Locar era formada por José Walter Joaquim, operador de guindaste, e Leanderson Breder Dias, supervisor de equipamentos.
O jornal procurou a Odebrecht a respeito da conclusão do IPT. Em nota, a construtora afirmou que “estudos realizados por renomados especialistas descartaram a possibilidade de o solo e/ou o subsolo, incluindo as estruturas de drenagem, na área de operação do guindaste, ter sido a causa do acidente ocorrido durante as obras da Arena Corinthians”.