Promotor defende ação da polícia no Rio e exalta 'resultados' de torcida única
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Por Meu Timão
Em meio a mais um episódio de confusão nas arquibancadas envolvendo torcedores do Corinthians, desta vez, no Maracanã, contra a Polícia Militar, pouco antes da partida diante do Flamengo, a existência de organizadas voltou a ser discutida.
Responsável por grande parte das decisões nos estádios paulistas, o promotor do Ministério Público de São Paulo, Paulo Castilho, convidado do programa Troca de Passes, do SporTV, se manifestou a respeito do ocorrido e defendeu a prisão dos corinthianos envolvidos na confusão - fato confirmado nesta segunda-feira, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com a detenção de 42 torcedores.
"É importante que se faça o flagrante e se mantenha esses 40 delinquentes presos. Se só lavrar o termo circunstanciado e liberá-los, vão levar esse boletim de ocorrência como troféu. Esses covardes tem que ficar presos. Nem que fiquem por 30, 40 dias, sejam denunciados, liberados, mas afastados dos estádios de futebol, até terminar o processo, isso já serve para você punir e prevenir a violência", declarou.
Um fato marcante chamou atenção ao final dos 90 minutos. Com o Maracanã vazio, mediante à liberação da torcida do Flamengo, a Polícia Militar carioca obrigou os torcedores corinthianos a tirarem suas camisetas para a realização de uma revista e possível identificação dos envolvidos no confronto antes do jogo.
Questionado sobre a política de segurança a partir dos riscos causados pelas torcidas organizadas, Paulo Castilho citou os principais pontos da estratégia utilizada na capital paulista, além de defender a postura da Polícia Militar no Maracanã.
"Aqui em São Paulo, quando instituímos torcida única para os clássicos, visando extirpar os torcedores violentos, conseguimos reduzir a violência, aumentar o público, aumentar a renda e economizar do bolso do contribuinte 150 policiais por jogo. Tivemos todos os clássicos com tranquilidade, com mulheres e famílias voltando para os estádios (...) Também comungo dessa visão (duas organizadas em um clássico)", acrescentou.
"Mas temos que minar a torcida organizada, que são violentos. Defendo que no lugar desses ingressos que essas torcidas têm acesso e os clubes permitem, por que a CBF não pensam nisso, e os próprios clubes, de destinar um setor para o torcedor do bem, que não pertence a torcida organizada. Mas não, insistentemente priorizam as organizadas. Essa é a cruzada que tenho tentado em São Paulo", completou.