Carille abre o jogo e fala sobre os principais rivais: 'Vamos bater de frente com todos'
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Por Rodrigo Vessoni
O torcedor do Corinthians está desconfiado em relação à temporada 2017. Não apenas pelo que o elenco do seu time poderá apresentar, mas também pela força financeira de alguns adversários. Uma preocupação, porém, que não faz parte do cotidiano de Fábio Carille.
É isso que o treinador deixa claro nessa entrevista exclusiva concedida ao Meu Timão pouco antes do embarque para os EUA, onde a equipe estreia diante do Vasco, nesta quarta-feira, às 22h (horário de Brasília). "Com um pouquinho de tempo, com alguns jogos, a gente vai bater de frente com todos", garantiu.
Esquema tático, saída de Uendel, segundo ano de Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Guilherme e Marlone no clube, Pablo, Gabriel, excesso de zagueiros... acompanhe alguns dos principais trechos da entrevista do novo comandante ao Meu Timão.
Como está esse início de trabalho?
"Estamos trabalhando desde o dia 3, nós da comissão, e os atletas desde o dia 11. Estou muito feliz com a maneira que tudo está acontecendo. De uma maneira geral, todos vieram muito bem fisicamente das férias."
Por que o Corinthians liberou Uendel, que era titular da equipe desde 2014?
"O que levou a liberá-lo foi a de estar bem servido no setor, com Arana, com Moisés e com o Guilherme (Romão), que está disputando a Copinha e temos uma confiança grande nesse jogador. A vontade do próprio Uendel foi levada em consideração, de ter seus familiares mais próximos, somando tudo isso, eu acredito que foi bom para o atleta, foi bom para o Corinthians e bom para a equipe que ele está indo (Internacional)."
Por falar em Moisés, o que pode acrescentar nesse retorno ao clube?
"Moisés, observando-o desde 2015 pelo Bragantino, onde ele já fez uma ótima Série B e chamou atenção de várias equipes, mas o Corinthians chegou a contratar. Na sequência, emprestou ao Bahia. É um jogador de muita força, de marcação forte, que chega bem ao ataque e que acrescentará à equipe. Juntamente com Arana e o Guilherme, eu acredito que estamos superbem nessa posição."
Pablo foi outro que chegou. O que poderia falar sobre ele?
"É um zagueiro de marcação forte, rápido, bom na bola área e que fez um grande campeonato pela Ponte Preta. Nós o enfrentamos duas ou três vezes, de acompanhar seus jogos como auxiliar para enfrentar a Ponte. Vamos ganhar com força e com velocidade, principalmente."
Mas Pablo se juntará a Balbuena, Vilson, Pedro Henrique, Yago e Léo Santos. Seis zagueiros para um time que joga com dois não é muito? Alguém será emprestado?
"A gente sabe que, quando o jogador vai para a Seleção, há o risco de perder. E sabemos que o jogador está indo muito bem lá, então, a ideia é emprestar para não ficar com tantos (seis). Mas, antes, saber com exatidão com quem a gente vai ficar. Temos de ficar atentos, a janela segue aberta, quando definir quem não sairá mais podemos pensar em emprestar algum deles."
Gabriel foi outro que chegou. É possível dizer que a ausência do Ralf, enfim, está resolvida?
"Mesmo com as perdas do início do ano (Jadson, Ralf, Love, Renato Augusto, Malcom e Gil), o Corinthians ainda conseguiu ter uma organização. Mas, no meio do Brasileirão, quando nós perdemos Felipe, Bruno Henrique e Elias ao mesmo tempo, numa faixa central, a gente teve dificuldade para arrumar. O Gabriel dá essa proteção à zaga, ele tem tudo para conquistar o torcedor corintiano, acompanhamos o Gabriel desde o Botafogo e sabemos de sua qualidade e seu perfil, que estamos precisando tanto."
O torcedor vê outros times, como Palmeiras e Flamengo, gastarem mais e contratarem mais. E, claro, se preocupa. O que passar a ele?
"Eu estou muito satisfeito com tudo que está acontecendo, torcendo que aconteça mais algumas coisas para fortalecer ainda mais o nosso grupo. Com um pouquinho de tempo, com alguns jogos, a gente vai bater de frente com todos. O torcedor pode ter certeza disso, será um trabalho forte, de organização, de muita entrega dentro de campo como ele gosta. Nos últimos anos, nosso torcedor se acostumou a ver o time dessa maneira, com muita entrega."
Taticamente, o que pretende?
"A gente busca equilíbrio. No 4-1-4-1, às vezes, você tem um volante que eu não considero volante, como era o Paulinho, que pisa a área, um Elias que também não considero, um Rodriguinho que está chegando bem para fazer os gols, então, o que eu gosto: 4-2-3-1 ou 4-1-4-1, vai depender da formação e de algumas peças que estão para chegar."
Por fim, é possível pensar num segundo ano melhor de Giovanni Augusto, Marlone, Guilherme e Marquinhos Gabriel?
"Não tenho dúvida que eles estarão melhores, nos últimos anos foi assim. Castán, Paulinho, Elias, entre tantos, a gente sempre deu um tempo de adaptação. Por tudo que aconteceu no ano passado, a gente teve de acelerar algumas coisas, com o próprio Gustavo, que jogamos a camisa 9 nas costas dele, vindo da Série B, tendo de ser o artilheiro do Corinthians, sendo um jovem. Atropelamos algumas coisas. Agora, após um ano de clube, já conhecem o ambiente, tem tudo para ser melhor para todos eles."