Conselheiros barram votação do impeachment, e Roberto de Andrade segue presidente do Timão
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
O presidente Roberto de Andrade passou ileso pelo processo de impeachment com o qual lutava desde novembro do ano passado. Em encontro realizado entre conselheiros do clube, no Salão Nobre do Parque São Jorge, na noite desta segunda-feira, não houve aprovação dos motivos da convocação para análise dá destituição do mandatário.
A primeira (e única) discussão da noite disse respeito à admissibilidade do processo, conforme manda o estatuto do clube. Neste caso, com a vitória do "sim", os conselheiros aí então passariam a votar pela continuidade ou não do processo de impeachment. Acontece que o "não" venceu por 181 votos a 81. Houve ainda um voto nulo e outro branco. A oposição promete recorrer.
Dois cenários seriam propostos aos conselheiros caso houvesse admissibilidade:
- Sim, sou favorável ao impeachment de Roberto de Andrade. Neste caso, o processo tem continuidade e haverá votação entre os sócios do clube para definir a saída ou não do presidente, que já se encontraria afastado.
- Não, sou contrário ao impeachment de Roberto de Andrade. Neste caso, o processo se encerra e o presidente termina seu mandato normalmente até fevereiro de 2018.
O processo de impeachment contra Roberto de Andrade vinha se desdobrando no Parque São Jorge desde novembro do ano passado. Na ocasião, um grupo de conselheiros protocolou requerimento de destituição. O presidente do Conselho, Guilherme Strenger, encaminhou o pedido à Comissão de Ética do Corinthians.
Após receber parecer da Comissão de Ética, que pediu apenas uma advertência a Roberto de Andrade, o processo de impeachment se encaminhou para o Conselho Deliberativo. Esse foi o motivo da votação realizada nesta segunda-feira na sede do clube.
Motivos do impeachment
A justificativa formal para o pedido do impeachment foram duas assinaturas (em ata de reunião do Fundo Arena e em reunião com a Omni para discutir a terceirização do estacionamento da Arena) feitas por Roberto de Andrade como presidente do Corinthians antes mesmo de assumir o cargo. Ele foi acusado de fraude e, em depoimento à Polícia Civil, negou irregularidades.
Informalmente, porém, há conselheiros que admitem que há motivação política por trás do processo de impeachment. A gestão de Roberto de Andrade vem sendo muito criticada nos bastidores do Parque São Jorge. Com a imagem da atual diretoria manchada perante a torcida, a destituição do atual presidente se tornou uma saída para a oposição corinthiana.