Ao tentar explicar os motivos que fazem o Corinthians atravessar momento financeiro delicado, Roberto de Andrade demonstrou certo incômodo pelas comparações frequentes com o Palmeiras, atual campeão brasileiro. Em entrevista coletiva concedida na noite desta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, o cartola alvinegro relacionou o fato de o Timão não ter dinheiro em caixa e sequer um patrocinador máster com a crise que afeta o Brasil.

“Tudo isso acontece conosco, temos dificuldades em ter valores de patrocínio, quando achamos não são os mesmos valores. Temos que nos adequar ao momento do Brasil, que está demorando muito para melhorar”, afirmou Roberto de Andrade, antes de falar em concorrência “desleal” com o Palmeiras.

“Nosso problema não está em pessoas, em demitir pessoas do escritório, estamos trabalhando muito para crescer a receita. Ninguém mais nesse mundo tem dinheiro mais que banco, é desleal”, frisou o dirigente.

O Corinthians procura um patrocinador para estampar o principal espaço de seu uniforme (peito) desde o mês passado, quando o contrato com a Caixa Econômica Federal, que previa o pagamento de R$ 30 milhões por temporada, chegou ao fim.

O Palmeiras, por sua vez, tem o privilégio de ser apoiado pela empresa de crédito pessoal Crefisa, cujos donos são torcedores do clube alviverde. No início do ano, a companhia assinou contrato com o time da Barra Funda de R$ 150 milhões até 2018 apenas por anúncio na camisa. O investimento, porém, deve beirar os R$ 200 milhões, já que a Crefisa também se responsabiliza pela contratação de reforços e salários de atletas.

“Todos os clubes relatam a mesma situação. Esse é um caso à parte, um ponto fora da curva”, finalizou Andrade.

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