O presidente Michel Temer citou o Corinthians em um discurso realizado nesta quarta-feira, durante a cerimônia de sanção da lei que flexibilizou o horário de transmissão do programa "A Voz do Brasil". A referência, contudo, veio acompanhada de um equívoco. O líder do governo se referiu ao Timão como "Sociedade Esportiva", principal nome do arquirrival Palmeiras.

O erro do presidente ocorreu durante uma explicação sobre o que é sociedade, onde o futebol foi utilizado como um paralelo no entendimento de organização. Temer se atrapalhou ao incluir o Timão em seu exemplo, já que o clube, fundado em 1910, tem o nome Sport Club Corinthians Paulista e não "Sociedade Esportiva Corinthians", como citado.

"Quando as pessoas acham que podem criar o direito a partir de sua mente e não sobre o que está escrito – seja literalmente ou sistemicamente -, você começa a desorganizar a sociedade. Quando se fala em sociedade, se fala em organização. Onde está a sociedade está o direito, onde está o direito está a sociedade", disse Temer antes de citar o Corinthians em seu discurso.

"Posso citar, por exemplo, o Corinthians. Posso olhar a multidão que está em uma partida de futebol torcendo para o Corinthians e dizer: isto não é uma sociedade. Porque as pessoas vão lá desorganizadamente, vão assistir ao prélio esportivo. Mas eu saio de lá, entro em uma salinha onde vejo reunidas umas 20 pessoas, que é a chamada Sociedade Esportiva Corinthians. É a diretoria dessa sociedade. Olho aquilo e digo: isto é uma associação. Porque estão associados por normais jurídicas, que põe direitos e deveres", afirmou o presidente.

Temer não percebeu seu equívoco e seguiu com o discurso com outros exemplos de sociedade. Até o momento, não houve uma retratação por parte do presidente.

Em tempo: os rivais Corinthians e Palmeiras disputam, neste domingo, o segundo jogo da final do Campeonato Paulista. A partida será realizada às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. Após perder por 1 a 0 no duelo de ida da decisão, o Timão precisa vencer o clássico por dois gols de diferença para evitar uma disputa nas penalidades máximas.

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