Saídas de Fellipe Bastos, Jô e Balbuena ainda causam impacto no Corinthians fora de campo
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Por Rodrigo Vessoni
Além da perda de qualidade com a saída de titulares e da troca de quase toda a comissão técnica, que ainda busca o entrosamento ideal, outro problema atingiu o Corinthians nos últimos meses: a falta de liderança no grupo.
O zagueiro Fabián Balbuena era o último com todos os predicados essenciais de um líder com ascensão sobre os demais jogadores. Que são: discurso forte, concentração dentro e fora de campo, cobrança constante, força mental, imposição das convicções e impacto dentro da hierarquia.
A lacuna deixada pelo paraguaio ainda não foi preenchida. Foi Balbuena quem sustentou a "tarja de líder" após as saídas de Fellipe Bastos e Jô. Sim, é isso mesmo: Fellipe Bastos. O volante, de acordo com relatos ouvidos pela reportagem do Meu Timão, tinha enorme ascensão sobre os demais, principalmente sobre os jovens, apesar de entrar pouco em campo.
Jô, por sua vez, não era apenas o líder técnico, dentro das quatro linhas, que resolvia os jogos. O centroavante era o elo do grupo com os dirigentes. Exemplo: se o time jogava no domingo, a reapresentação estava marcada para a terça de manhã e o grupo queria que a volta ao CT ocorresse apenas à tarde, era Jô quem falava com Carille e os dirigentes. Nem sempre Jô era atendido, mas o atacante sempre tentava e fazia sua parte.
Durante um programa no canal Fox Sports, Carille e Jô trocaram elogios e lembraram a importância da liderança do jogador diante dos demais:
“O que ele me ajudou não só dentro de campo, mas muitas vezes… a imprensa e torcedor só vê dentro de campo, mas o que ele me ajudou no dia-a-dia. Dei a faixa de capitão para ele por merecimento”, afirmou Carille, com a voz embargada.
“Eu cheguei no Corinthians ele ainda estava como auxiliar, e ele sempre conversou comigo. Ele disse que foi buscar informações minhas, que não era das melhores, mas nunca expôs isso, nunca duvidou. Pelo contrário. E quando ele assumiu como treinador, ele me deu a faixa de capitão e eu cresci como homem”, ressaltou Jô.
Neste momento os mais experientes do elenco tentam fazer esse papel, como Cássio, que é considerado o principal líder do grupo corinthiano no momento. Fagner, Henrique, Ralf, Jadson, Danilo e Sheik tentam ajudar, mas sem a totalidade das qualidades de um líder como tinham Jô e Balbuena, por exemplo.
Vale lembrar que dos 32 jogadores do atual elenco, metade têm até 23 anos. Veja abaixo:
Molecada alvinegra: 16 dos 32 jogadores do atual elenco do Timão têm até 23 anos
Caíque França (G) - 23
Filipe (G) - 20
Carlos Augusto (LE) - 19
Mantuan (LD) - 21
Léo Santos (Z) - 19
Pedro Henrique (Z) - 22
Thiaguinho (V) - 21
Douglas (V) - 21
Mateus Vital (M) - 20
Ángelo Araos (M) - 21
Bruno Xavier (M) - 21
Pedrinho (M) - 20
Rodrigo Figueiredo (M) - 22
Matheus Matías (A) - 20
Sérgio Diaz (A) - 20
Clayson (A) - 23