Romero se diz incomodado com jejum, mas ressalta obrigações defensivas
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Por João Pedro Izzo e Rodrigo Vessoni
Que Romero viveu fase artilheira no ano, grande parte dos corinthianos sabe. Contudo, o que boa parte da Fiel pode não saber é o que o atacante enfrenta jejum incômodo de 14 jogos sem marcar um gol sequer. Embora o período incomode o paraguaio, como dito na coletiva concedida no CT Joaquim Grava nesta quinta-feira, Romero tratou de relembrar que atuar na ponta direita, tendo incumbência de atacar e marcar, acaba dificultando na produção de gols.
"Sempre me cobro por isso, por deixar de fazer gols em jogos que eu preciso fazer. Faz um tempinho que não faço gols, mas porque mudei a posição, o sistema, mudou o treinador. Na direita tenho que voltar para marcar. É diferente de jogar como centroavante, que você fica mais perto do gol. Mas sempre me cobro", afirmou.
"Joguei na direita nos últimos quatro anos e fazia gols, não é desculpa isso. Sempre tento o gol, quando não faço eu saio nervoso. Como atacante, acho que é normal isso", ponderou o atacante, que não marca desde o jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, diante da Chapecoense.
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Cabe ressaltar que Romero fez cinco dos seis gols no Brasileirão quando jogou como centroavante, em julho. Depois, no começo de agosto e ainda sob o comando de Osmar Loss, o atacante passou a atuar mais pelas beiradas. O posicionamento continua com o novo comandante Jair Ventura.
Vice-artilheiro do Timão no ano, com 12 gols, Romero argumentou que é complicado encontrar um equilíbrio ao realizar as funções de atacar e marcar. O camisa 11 citou o jogo diante do Flamengo pela ida das semifinais da Copa do Brasil como uma situação permissível de apenas defender. Na Arena Corinthians, porém, onde Romero é o artilheiro do estádio, há mais chances de colocar a bola na rede, de acordo com ele.
"Precisa fazer as duas funções no mesmo tempo. É difícil você fazer as duas coisas bem, ou você marca ou você ataca, depende do adversário. Contra o Flamengo, no Maracanã, quase não ataquei, o jogo permitia isso. Mas em casa eu estou mais perto da área, fico mais à vontade para atacar. Independente do rival, na Arena tenho mais chances.
Ángel aproveitou para dizer que, na Europa, é comum atacantes atuarem da maneira como o paraguaio joga. No caso do Corinthians, o sistema pede isso. Para ilustrar o cenário, o atacante relembrou Malcom e Jorge Henrique, pontas ex-corinthianos que, sob o comando de Tite, possuíam obrigações defensivas também.
"Tem que ver o momento do time para atacar e marcar. Na Europa todo mundo joga deste jeito também. No Corinthians, o sistema pede isso. Você citou Malcom e Jorge Henrique, mas todos que jogam nas pontas têm que fazer isso. Todos os técnicos pedem isso", analisou.