Mancini explica 'experientes' no banco e fala sobre aprendizado para jovens em empate do Corinthians
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Por Meu Timão
O Corinthians cedeu o empate ao São Paulo no último lance do clássico deste domingo, com um pênalti cometido por João Victor. Ao final do jogo, o treinador Vagner Mancini explicou a opção de deixar os atletas mais experientes e falou também sobre o lance crucial para o resultado da partida.
"Não é fácil digerir um gol assim, no último minuto. O futebol te prega peças assim. Fizemos o gol no final já, falta uns dez minutos, mas a gente tinha que defender bem, eles se jogaram, como a gente esperava, e aconteceu o lance. O João acabou segurando, a conversa que temos é olho no olho agora. Não tem disse que me disse, o particular. A maior parte é na frente de todos, para todos aprenderem. Você pode aprender com o erro dos outros", explicou o treinador, em entrevista coletiva.
"João fez grande partida, bobeou no ultimo lance, mas que isso sirva pro crescimento dele, do Raul, Piton, de outros jovens que vão passar por isso. Foi um ato de instinto do que de segurar para ele não finalizar. O lance é rápido, decisão em um segundo, menos, e as vezes se afobam, se atrapalham. Mas João tem nossa confiança, fez grande partida e vai aprender com isso. Lamentamos hoje por ter perdido dois pontos, mas aprendemos alguma coisa", completou logo em seguida.
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Para o clássico desta noite, Mancini mudou o esquema tático do Corinthians e mandou o time a campo com três zagueiros e uma equipe recheada de jovens. Questionado sobre como foi o processo para deixar os experientes no banco de reservas, o treinador explicou ter sido transparente com todos os atletas desde as primeiras atividades preparatórias para o clássico.
"Não foram só eles, né, que ficaram de fora. o Méndez também, o Natel da relação, o Camacho no banco... tenho como hábito, diversas vezes, conversar com vários. Eu fiz isso olhando no olho, falando a verdade, mostrando minhas opções, que eles entram em lugares de outros jogadores e que hoje teria gente no ugar deles. Forma simples, direta, olho no olho, isso é boa estão de grupo. Identificar, conversar, deixar ele falar, não dá pra ser ditadura, né, não temos mais isso. Temos diálogo, foi assim, tranquilo, todo mundo que saiu deu força pra quem entrou, vi isso hoje. Gil saiu, falou com João, Raul, Jô com Cauê. Fábio com Piton... eles entendem de futebol e sabem como funciona a lealdade e a sinceridade", garantiu.
A partida desta noite foi importante para que o Corinthians conseguisse "amenizar o estrago" causado pela derrota durante a semana para o Peñarol. Mancini valorizou a entrega e a alma que a equipe teve em campo no clássico e analisou como o desempenho corinthiano pode motivar a sequência da temporada.
"O saldo é de um time que jogou bem, entendeu o sistema de jogo ao longo da partida, teve disposição, técnica, fez gols bonitos, jogadas elaboradas, mas o que mais gostei foi entrega e alma. Isso vem em primeiro lugar em quem quer se campeão. Não podemos achar que todos desenvolveram o técnico e isso vai ser suficiente. Sabemos que não e eles também. A entrega a alam, me chamou atenção, suor com convicção, e isso nos torna diferentes. A entrega é determinante e temos bons resultados. Foi uma pena o gol de empate, mas mostramos que podemos nos recuperar bem de jogos como o de quinta e apresentar 72h depois um futebol que convence e seja produtivo", apontou o treinador.
"Sua pergunta delineia o que é a resposta. Não iniciamos bem, tivemos dificuldade e fomos ganhando confiança Voltamos melhor para o segundo tempo. Mudar o sistema de jogo, peças, te faz correr esse risco. Em clássico, com jovens, uma equipe que estava arrumada. Passamos bem no teste, estávamos com a vitória, mas sofremos o empate. Lamentamos, ganhar o clássico te da grandes conquistas. Mas isso acontece e não diminui a atuação do time. Fomos seguros, fortes, com alma, o tempo todos, mesmo com técnico abaixo, e é isso que esperamos", completou logo em seguida.