Com mais de 30 jogadores no grupo e apenas duas competições até dezembro, diminuição será inevitável.

Além de aumentar a pressão e de causar prejuízos financeiros ao clube, a queda prococe na Libertadores terá como consequência a redução do número de jogadores do elenco do Corinthians.

Neste momento, Tite trabalha com 30 jogadores - sem contar com Liedson, que já está contratado. Porém, a partir de agora, a equipe terá apenas duas competições para disputar até o fim do ano: Campeonato Paulista e Brasileirão. A saída, segundo um dos membros da comissão técnica, será enxugar o grupo.

- Alguns não ficarão se cairmos fora. Não tem como motivar tanta gente com apenas uma disputa no primeiro semestre e uma outra disputa na segunda metade do ano - afirmou uma das pessoas próximas a Tite, antes da confirmação da queda diante do Tolima (COL), na quarta-feira, por 2 a 0.

Jogadores como Moradei, Morais, Diego Sacoman e Éverton Ribeiro, que voltaram de empréstimo no início deste ano, devem ser os primeiros a deixar o Parque São Jorge. A situação do último, aliás, é emblemática. Até agora, o ex-meia do São Caetano não pôde atuar em uma única partida oficial. Nem mesmo quando optou-se por uma equipe completamente reserva, contra o São Bernardo, Éverton teve espaço para atuar.

Os jovens que recém-chegaram ao elenco profissional também devem ser rebaixados. Os atacantes Elias e Jô, que se destacaram na Copa São Paulo e tiveram a oportunidade de treinar com os profissionais nas últimas semanas, perderão a "boquinha".

Ficar com tanta gente é visto pelos treinadores como uma iminente abertura para focos de insatisfação. Mano Menezes dizia que 24, 25 jogadores era um número bom de se trabalhar. O ex-treinador, que comanda a Seleção Brasileira, brincava que até espaço no rachão era impossível de achar. Adilson sempre analisou de forma parecida.

Vale lembrar que o fato de a maioria dos jogadores não ter completado quatro partidas no Paulistão, situação que proibiria qualquer possibilidade de troca de equipe, vai colaborar com a diretoria corintiana na diminuição do elenco. Andrés também deve optar por dividir os salários com aqueles clubes que tiverem interessados naqueles que não ficarão.

Independente da mudança, a verdade é que a temporada para o Corinthians e para o torcedor corintiano ficou longa e promete ser bem menos emocionante com a queda precoce na Libertadores. Isso é uma realidade.

Quem pode sair

Éverton Ribeiro - meia, que passou as duas últimas temporadas no São Caetano, retornou ao Parque São Jorge e, até o momento, não pôde jogar.
Moradei - apesar de ter ido bem contra o São Bernardo, deve ser emprestado mais uma vez. Em sua posição (volante) há muitas opções.
Diego Sacoman - esteve no Ceará na última temporada. Se a diretoria conseguir trazer um novo zagueiro, sua saída fica iminente.
Morais - meia, que vem agradando nos treinos, ainda é um sonho da diretoria do Bahia, clube em que atuou no ano passado
Elias - jovem, recém-chegado das categorias de base, deve voltar à equipe júnior
Jô - situação parecida com a de seu ex-companheiro de Copa São Paulo de futebol júnior.

Enviado por: Matheus Rodrigues