Do início ao fim: a trajetória do elenco do Corinthians durante o ano e como cada um chega para 2019
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Por Andrew Sousa
Com o calendário de competições liquidado e o mercado em andamento, o Corinthians já pode fazer um balanço preciso de todos os jogadores que fizeram parte deste ano. De janeiro para cá, afinal, é normal que muitas peças do plantel mudem de patamar - para melhor e para pior.
Pensando nisso, o Meu Timão preparou uma espécie de relatório com a trajetória de cada um dos nomes que vinham sendo utilizados nesta reta final de Brasileirão.
Mais do que olhar para trás, analisando seus desempenhos, a lista também serve para entender como cada peça inicia a nova temporada, agora sob o comando de Fábio Carille - alguns atletas, por exemplo, subiram completamente de patamar desde que o treinador deixou o Timão no meio do ano.
Confira como cada jogador se desenvolveu (ou não) neste ano
Cássio
Como começou: Entre os principais nomes da campanha heptacampeã nacional, Cássio iniciou o ano cheio de prestígio - tinha sido eleito o melhor jogador alvinegro de 2017 pelas notas dadas pela Fiel no Meu Timão.
Como terminou: Seguindo bem, Cássio ganhou ainda mais moral, sendo decisivo no bicampeonato paulista. As boas atuações lhe renderam uma vaga no grupo que foi à Copa do Mundo. Na reta final, cresceu, impedindo o rebaixamento alvinegro. Pelo segundo ano consecutivo, ficou com a maior nota dos leitores do Meu Timão.
Fagner
Como começou: Unanimidade em sua posição, Fagner começou 2018 com a confiança da Fiel e a expectativa por chamado para a Copa do Mundo.
Como terminou: Correspondendo o esperado, o lateral foi para o Mundial da Rússia, mas voltou rendendo menos. Também pela fase do time, não teve grandes atuações no segundo semestre. Mesmo assim, tem prestígio e começa 2019 como titular absoluto - agora, porém, com uma sombra mais definida: Michel Macedo foi contratado.
Mantuan
Como começou: Reserva imediato de Fagner, teve uma série de oportunidades por lesões e convocações do lateral titular.
Como terminou: O posto no banco foi perdido, assim como qualquer espaço em sua posição de origem. Com Jair Ventura, o jovem jogador entrou em campo apenas uma vez e chega para 2019 bem menos prestigiado. Parte da torcida torce por um empréstimo.
Henrique
Como começou: Contratado para substituir Pablo, ganhou a posição imediatamente e foi elogiado por grande parte da Fiel ao fazer dupla com Balbuena.
Como terminou: Após bom início, Henrique passou a oscilar, sendo criticado pelos alvinegros, que já pedem um novo zagueiro para 2019 - nesta segunda-feira, até o nome de Pepe caiu nas graças da Fiel.
Léo Santos
Como começou: Reserva de Pedro Henrique no início do ano, chegou a tornar-se quarto reserva com a chegada de Henrique. Pelo que demonstrou na base, porém, tinha espaço cobrado pela torcida.
Como terminou: Com Jair Ventura, Léo Santos ganhou a titularidade, mas acabou tendo imagem manchada por falhas, sobretudo na final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro. Pelos vacilos, há quem não concorde com sua manutenção no 11 inicial para 2019.
Pedro Henrique
Como começou: Titular com a saída de Pablo, Pedro Henrique começou o ano com a chance de se firmar no Corinthians ao lado de Balbuena.
Como terminou: Com a chegada de Henrique, perdeu a posição. Chegou a retomar o lugar do paraguaio, negociado, mas voltou ao banco com Jair Ventura, que bancou Léo Santos. Nesta janela, já foi relacionado com possível troca.
Marllon
Como começou: Assim que foi anunciado, o defensor ex-Ponte Preta imediatamente recebeu o rótulo de último da fila de sua posição no Timão.
Como terminou: Bem nas oportunidades que recebeu, o zagueiro ganhou a torcida, que cobrou mais chances na reta final do ano e já o vê como boa opção para a próxima temporada, colocando-o a frente do próprio Pedro Henrique, por exemplo.
Danilo Avelar
Como começou: Pelos anos de Europa, Danilo Avelar chegou cercado de expectativa para ocupar lacuna deixada por Sidcley. Imediatamente no time titular, o lateral começou bem e chegou a receber alguns elogios da Fiel.
Como terminou: O ânimo durou pouco e o lateral transformou-se no nome mais criticado do plantel corinthiano. Para 2019, a torcida nem cogita vê-lo como titular, apontando a posição como prioridade de mercado - o clube tenta a contratação de Uendel, do Internacional.
Carlos Augusto
Como começou: Promovido ao time principal, começou treinando na defesa pelo alto número de laterais esquerdos do plantel. A busca por espaço parecia improvável.
Como terminou: Com a saída de algumas peças e o desempenho ruim de Danilo Avelar, ganhou a posição e encerrou a temporada como titular. Pra 2019, porém, a torcida espera que outro jogador seja contratado para assumir a titularidade.
Ralf
Como começou: Por conta da idade, Ralf desembarcou no CT Joaquim Grava sob uma série de questionamentos da torcida. A princípio, o multicampeão seria reserva de luxo de Gabriel, essencial no hepta nacional.
Como terminou: Bem sempre que tinha a oportunidade, Ralf acabou ganhando a titularidade do concorrente, que não repetiu a boa temporada com o manto alvinegro. Para 2019, tem status de titular, mas agora tem ainda mais concorrência - Richard chegou após bom 2018 pelo Fluminense.
Gabriel
Como começou: Peça importante da equipe de Carille no ano anterior, Gabriel começou a atual temporada com status de inquestionável na equipe alvinegra.
Como terminou: Mal em grande parte do ano, o volante ficou grande parte do segundo semestre no banco, entrando em partidas e situações específicas. Para 2019, há quem peça a venda do jogador.
Douglas
Como começou: Contratado em julho para substituir Maycon, o jovem volante tinha grande moral quando desembarcou no CT Joaquim Grava. Passagens na Seleção de base e bons momentos no Fluminense o credenciavam como titular absoluto da função.
Como terminou: Extremamente questionado, Douglas passou longe de agradar a Fiel em seus primeiros meses de clube. Depois de muita insistência, ele seguiu sem corresponder e terminou o ano na reserva.
Thiaguinho
Como começou: Contratado por conta da filosofia do clube, que busca jogadores com capacidade de maturação para os próximos anos, Thiaguinho chegou sem grandes expectativas de ser utilizado.
Como terminou: Sem unanimidades na posição e com o bom rendimento nos treinamentos, o volante cresceu e ganhou espaço, terminando a temporada como titular. Além disso, tornou-se uma espécie de xodó dos torcedores.
Araos
Como começou: Tratado como grande promessa do Chile, Araos desembarcou no Timão cercado de expectativa, sobretudo pelo alto valor investido. Nas primeiras atuações, agradou e caiu nas graças de parte dos alvinegros, que já o pediam no time titular.
Como terminou: Prestigiado, teve uma série de oportunidades, mas acabou não engrenando. Para piorar, foi expulso duas vezes, prejudicando a equipe e manchando sua imagem para a torcida. Para 2019, porém, é tratado como uma das esperanças para o setor.
Renê Júnior
Como começou: Entre os principais reforços para o ano, chegou a ser titular no início da temporada, agradando muito pelo que vinha apresentando.
Como terminou: O bom desempenho durante o ano acabou, em todas as oportunidades, sendo interrompido por lesões. A última delas mais grave que o tirou da temporada já na metade do ano. É uma incógnita para 2019.
Pedrinho
Como começou: Talismã na conquista do Brasileirão 2017, Pedrinho começou o ano na iminência de estourar de vez e se consolidar como titular do clube.
Como terminou: Após temporada de muita oscilação, o jovem meia-atacante não atingiu o patamar de unanimidade esperado, tendo revezado com outros jogadores em grande parte do ano. Há, porém, momentos de destaque, que mantiveram as esperanças da Fiel em alta. Para o ano que vem, há o risco do jovem ser negociado.
Mateus Vital
Como começou: Contratado com status de promessa, Vital chegou chegando ao Timão. Sempre que entrava em campo, o meio campista dava boa resposta e passou a ser tratado como peça importante para a temporada - sobretudo após boa final no Paulistão.
Como terminou: Mesmo com o bom rendimento, o jovem oscilou e, no segundo semestre, passou um bom tempo entrando poucos minutos por partida. A expectativa da Fiel é de mais constância no ano que vem, podendo ser peça chave para Carille.
Jadson
Como começou: Pelo tamanho do jogador e sua história no Corinthians, Jadson iniciou 2018 com a responsabilidade de ser a referência técnica do Timão.
Como terminou: Mesmo com a idade, Jadson foi o principal jogador de linha da equipe alvinegra no ano, destacando-se nos gols e em assistências. Com o fim de ano em alta, chega para 2019 novamente cercado de esperanças da Fiel.
Danilo
Como começou: Com uma série de lesões graves, o ídolo alvinegro começou o ano mais como uma peça importante para o extra-campo do que qualquer outra coisa. Logo no Paulistão, porém, bateu pênaltis importantes, dando esperanças para o restante da temporada.
Como terminou: Pelo mau momento alvinegro, ganhou chances no comando de ataque e correspondeu: guardou dois gols essenciais na luta contra a queda e se despediu em alta do clube - não renovou o contrato e defenderá outra camisa no ano que vem.
Clayson
Como começou: Peça importante na reta final do Brasileirão 2017, Clayson iniciou o ano com a titularidade e muito prestígio.
Como terminou: Com uma série de problemas pessoais, o jogador teve desempenho ruim durante toda a temporada, ficando mais de 20 jogos sem marcar e sendo pouquíssimo efetivo nos dribles, sua principal qualidade. Ao que tudo indica, deve deixar o Timão em 2019.
Romero
Como começou: Outro nome importante na conquista do hepta, Romero iniciou a temporada com titularidade e certa confiança da Fiel.
Como terminou: Apesar de alguns grandes momentos, sobretudo em sequência de vitórias de Osmar Loss, o paraguaio não fez bom ano e terminou sendo muito criticado pela torcida. No segundo semestre, passou em branco por mais de 20 jogos e leva longo jejum para o ano que vem. Segundo os primeiros rumores, o atacante deve se despedir do clube na metade do ano, quando encerra seu contrato.
Emerson
Como começou: Contratado por apenas seis meses, para despedir-se do clube após o Paulistão, Sheik agradou a comissão técnica e renovou contrato até o fim da temporada - sua última como jogador profissional.
Como terminou: Sem grandes exibições, chegou a ser titular da equipe na final da Copa do Brasil e encerrou o ano com grande festa de despedida na Arena.
Roger
Como começou: Desejo antigo do Corinthians, desembarcou no CT Joaquim Grava para suprir a ausência de Jô, principal nome do heptacampeonato nacional.
Como terminou: Mesmo com alguns gols, Roger passou longe de agradar a Fiel e ainda foi prejudicado por não poder atuar na Copa do Brasil. Para os torcedores, não pode ser o camisa 9 da equipe na próxima temporada.
Jonathas
Como começou: Outro alvo antigo do Timão, Jonathas chegou badalado pelos bons momentos na Europa. O centroavante veio como esperança de gols para o time, que sofria muito ofensivamente.
Como terminou: Com atuações ruins e uma série de lesões, foi "esquecido" na reta final da temporada e parece não fazer parte dos planos alvinegros para a sequência do trabalho.
Sergio Díaz
Como começou: Tratado como grande promessa, Díaz chegou ao Brasil com um misto de sensações: de um lado, a esperança de contar com um jogador talentoso, que chegou ao Real Madrid justamente por isso. De outro, a preocupação com suas lesões.
Como terminou: Após longo período de recuperação, o paraguaio teve poucas chances e mostrou muita falta de ritmo. Além disso, voltou a sentir dores e não deu mais as caras. É grande esperança da diretoria para o ano que vem.