Rosenberg confirma R$ 12 milhões anuais do BMG ao Corinthians e explica adiantamento
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Por Meu Timão
Diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg admitiu que o contrato de patrocínio firmado entre clube e Banco BMG prevê pagamento fixo de R$ 12 milhões anuais, conforme revelou a ata de reunião extraordinária recente do Conselho de Administração do banco.
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Em entrevista ao programa FOX Sports Rádio, Rosenberg afirmou que jamais havia dito que o acordo, válido por cinco anos, renderia R$ 30 milhões ao Corinthians por temporada. Disse, ainda, que o montante mínimo de R$ 12 milhões é “absolutamente residual”, e que o clube espera receber algo próximo de R$ 40 milhões oriundos de metas alcançadas junto ao Banco BMG.
“Primeiro lugar, nós nunca falamos em 30 milhões (de reais) como fixo, se você revir nossas apresentações anteriores, mesmo a do dono do banco, o que nós dissemos foi o seguinte: é um contrato de meio a meio do lucro resultante da entrada de corinthianos numa plataforma específica, particular, que será auditada pelo auditor indicado pelo Corinthians”, justificou Luis Paulo.
“Nós fizemos projeções de quanto isso vai render. Por mais conservadores que sejam os números, nós trabalhamos com coisa de 200 mil assinantes, novas contas, trabalhando com apenas três dos 25 produtos do banco, e os números chegavam a R$ 40 milhões, R$ 45 milhões. O que nós fizemos, e isso que precisa ser entendido, foi um contrato de parceria”, acrescentou Rosenberg.
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Antes de fechar negócio, Rosenberg solicitou à instituição financeira uma “manifestação de confiança” nos números apresentados pela direção do Timão. O banco, então, topou injetar R$ 30 milhões nos cofres corinthianos como forma de adiantamento.
“(...) E eles fizeram isso colocando R$ 30 milhões à vista como antecipação. Eu sempre disse que isso foi uma antecipação de resultados. Então o Corinthians aceitou uma perspectiva de ser sócio, e não simplesmente expositor de uma marca, com o benefício de ficar com 50% do lucro dessa operação. Isso é algo absolutamente inédito, e depende da adesão da Fiel”, reiterou o cartola alvinegro, antes de voltar a falar dos R$ 12 milhões:
“Esses R$ 12 milhões pra nós é (um valor) absolutamente residual. Nós entramos nisso por causa da expectativa de lucro (...). Especificamente me foi perguntado pelo Vessoni (Rodrigo, repórter do Meu Timão) na coletiva: ‘Esse valor é fixo ou um valor que combina, fixo mais adiantamento?’. Eu disse: ‘É o valor do adiantamento na previsão do lucro, e inclui uma parcela fixa”, frisou.
O Timão, portanto, recebeu R$ 18 milhões do banco como adiantamento de lucro futuro. Metade de toda a receita gerada por novos correntistas do “Meu Corinthians BMG” será redirecionada ao clube, que exibirá a marca do banco no principal espaço de seu uniforme durante os próximos dois anos, quando haverá uma reavaliação do contrato.
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Confira outros trechos da entrevista de Rosenberg
Falta de transparência?
Por que eu não divulguei tudo imediatamente? Veja, em futebol a gente exige total transparência, e eu partilho muito disso. Agora, no mundo dos negócios, a coisa funciona um pouco diferente. Eu nunca divulguei os detalhes do contrato da IBM, da mesma forma o contrato com a Positivo, que envolve um (valor) fixo e um variável, não foram divulgados.
Cobranças da oposição
O Corinthians tem normas internas de funcionamento que serão respeitadas como sempre foram. O contrato será apresentado ao Conselho Fiscal, o Conselho de Orientação do clube também vai examinar. O que eu não posso é fazer uma divulgação ampla por cláusula contratual.