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Único duelo dos amigos de infância Carille e Diniz iniciou 'debate atual' e precedeu Dérbi histórico

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Kazim fez gol da vitória de 1 a 0 do Corinthians de Carille sobre o Audax de Diniz

Kazim fez gol da vitória de 1 a 0 do Corinthians de Carille sobre o Audax de Diniz

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

O clássico entre Corinthians e São Paulo do próximo domingo, marcado para as 18h, no Morumbi, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, coloca frente a frente os técnicos Fábio Carille e Fernando Diniz. Amigos de infância, eles se enfrentam pela segunda vez desde que se tornaram treinadores. O primeiro embate aconteceu quase três anos atrás.

Donos de estilos de jogo completamente diferentes, Carille e Diniz já traziam consigo esse debate desde os dias que antecederam a vitória de 1 a 0 do Corinthians sobre o Audax, em 18 de fevereiro de 2017, no Estádio José Liberatti, em Osasco, naquele que era um dos primeiros desafios do ainda desconhecido treinador da "quarta força" daquele Paulistão.

Fernando Diniz, afinal de contas, tinha no currículo o surpreendente vice-campeonato estadual do ano anterior, com direito a vitória do Audax nos pênaltis sobre o Corinthians de Tite após um equilibradíssimo empate de 2 a 2 em jogo único de semifinal, na Arena.

Leia também: [Rodrigo Vessoni] Repetir a estratégia no clássico será como pular de um precipício

"Tem de estar atento o tempo todo. Sou muito amigo do Fernando. Fomos criados juntos, mas temos ideias de jogo bem diferentes. A preparação é diferente. Precisamos saber se vamos pressionar lá em cima, para não deixar o Audax sair jogando, ou se vamos esperar um pouco mais atrás, para apostar nos contra-ataques. Ainda vamos definir a estratégia", já falava Carille, em meados daquele distante mês de fevereiro, analisando um tema talvez nunca tão presente no noticiário esportivo brasileiro como nos tempos atuais, curiosamente.

Fábio Carille durante jogo entre Corinthians e Audax, pelo Paulistão de 2017

Carille durante jogo entre Corinthians e Audax, pelo Paulistão de 2017

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

No fim das contas, Carille optou por um Corinthians escalado no que hoje a torcida já parece até cansada de ver: o flerte entre 4-2-3-1 e 4-1-4-1. Na época, a referência era Kazim, que vivia seus últimos dias como titular antes de perder a vaga para Jô. Pois o Gringo da Favela não perdeu a oportunidade e foi justamente o autor do gol único da vitória sobre o Audax.

A escalação corinthiana tinha: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Camacho (Fellipe Bastos); Romero, Rodriguinho e Léo Jabá (Marlone); Kazim (Maycon).

O estilo mais defensivo e pragmático de Carille já era possível de ser identificado naquela ensolarada tarde de sábado. Kazim, por exemplo, deu lugar ao segundo volante Maycon. Também foram trocados Camacho e Léo Jabá por Fellipe Bastos e Marlone - essas duas substituições naquele perfil "seis por meia dúzia" visando dar mais fôlego à equipe.

Vitória sobre Diniz precedeu Dérbi histórico

A vitória sobre o Audax até deu fôlego para o Corinthians na tabela de classificação do Estadual de 2017, mas ainda não serviu para convencer torcedores e jornalistas. Para isso, bastou o Dérbi que se seguiu ao jogo do Timão em Osasco. Pela primeira vez em sua trajetória como treinador, Carille se viu diante de um clássico - logo contra o Palmeiras.

Jô marcou o gol heroico do Corinthians nos minutos finais do Dérbi

Jô marcou o gol heroico do Corinthians nos minutos finais do Dérbi

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Histórico por si só já que marcava a comemoração dos 100 anos do Dérbi, aquele duelo entre Corinthians e Palmeiras também marcou uma das mais épicas vitórias dos últimos tempos do Timão diante de seu arquirrival. Foram superados erros de arbitragem - como a injusta expulsão de Gabriel, confundido com Maycon pelo juiz - e o suposto favoritismo que a equipe alviverde sustentava na época. Ali a "quarta força" mostrava ser mais que um coadjuvante.

O próprio Carille por diversas vezes nos últimos anos atribuiu àquela vitória sobre o Palmeiras a arrancada do Corinthians rumo a seu primeiro título com treinador. Também foi naquele Dérbi que Jô saiu do banco de reservas para marcar o gol da vitória de 1 a 0 e, a partir de então, ganhar a condição de titular incontestável sob comando de Carille.

Carille e Diniz: amigos desde os sete anos de idade

Fábio e Fernando, ainda garotinhos, cresceram no mesmo bairro (Vila Ema), na Zona Leste de São Paulo. Eles estão juntos no mundo da bola desde os anos 70, portanto.

"Eu sou de 1973, e ele, de 1974", contou Carille, em 2017, numa entrevista à Jovem Pan. "Começamos a jogar futebol de salão juntos, na escolinha do CTC Vila Ema, por volta dos sete anos. Naquela época, nós só queríamos saber de jogar bola. Com 12 anos, a minha família se mudou para Sertãozinho, e, aí, nos separamos. Mas somos amigos de infância e nos falamos até hoje", acrescentou o corinthiano, que havia deixado o cargo de auxiliar-técnico fazia aproximadamente dois meses, bancado como técnico por Roberto de Andrade.

Quando Carille chegava ao Corinthians como auxiliar de Mano Menezes, em 2009, Fernando Diniz iniciava sua trajetória já como técnico - do modesto Votoraty, pelo qual foi campeão da Série A3 do Paulista e da Copa Paulista logo em sua primeira temporada. Enquanto Fábio cresceu no Timão aprendendo com treinadores como o próprio Mano e Tite, Fernando foi mais "auto-ditada", rodando por clubes do interior de São Paulo até parar no Audax.

Legado de Diniz deu trabalho recentemente

Apesar de não se enfrentarem há quase três anos, Diniz deu trabalho indiretamente a Carille nos últimos tempos. Em agosto passado, o Corinthians empatou com o Fluminense duas vezes pelas quartas de final da Copa Sul-Americana e perdeu uma pelo Brasileirão. O técnico Fernando Diniz havia recém-deixado a equipe das Laranjeiras, num caso raro de demissão em que jogadores e até torcedores tricolores mostraram-se gratos ao trabalho do treinador. O entendimento é de que o legado de Diniz por lá persiste até os dias atuais.

Cenário semelhante vive o Athletico-PR, hoje comandado por Tiago Nunes. Atual campeão da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil, o treinador gaúcho fez quase um estágio com Diniz no clube rubro-negro antes de assumir a equipe e dar continuidade à filosofia de trabalho implementada por lá justamente por aquele que hoje está à frente do São Paulo. Na última quinta-feira, o Athletico deu um baile no Corinthians em Itaquera, fazendo com que o Timão saísse de seu próprio campo aliviado com o ponto conquistado no empate de 2 a 2.

Carille durante jogo dessa quinta contra o Athletico-PR

Carille durante jogo dessa quinta contra o Athletico-PR

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Veja mais em: Majestoso, Campeonato Brasileiro e Fábio Carille.

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