Presidente do Corinthians coloca altos salários após títulos como principal motivo por dívidas
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Por Meu Timão
Perto de encerrar seu segundo mandato como presidente do Corinthians, Andrés Sanchez não conseguiu cumprir uma de suas principais promessa. Como mostrado pelo Meu Timão, a dívida do clube segue aumentando, ao contrário do que projetou o mandatário antes das eleições.
A frente do Timão no início da era vitoriosa pós-rebaixamento, Sanchez acredita que os títulos têm ligação direta com a dificuldade de conter os gastos. Para ele, o principal fator para aumentar a dívida foram os altos salários pagos após as conquistas.
"Em 2008, faturamos R$ 102 milhões e devia R$ 57 milhões. Até 2013 tivemos bons números, depois começamos com déficit até 2019. Quando você é campeão anos seguidos, se aumenta a folha de pagamento, por isso gastamos bastante de 2011 para cá, e hoje chegou a conta. Precisamos acertar e diminuir a dívida", pontuou, em entrevista à ESPN neste sábado.
"Aumentou a dívida porque aumentamos jogadores. Os clubes hoje têm três rendas grandes, Fiel Torcedor, TV e patrocínio. Se a TV parar de pagar, todos os times terão dificuldades. Nós investimos mais do que devíamos e a dívida aumentou", completou.
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Mesmo apontando o problema, Andrés não acha que ele ou os demais presidentes do período tenham errado. O mandatário ainda destacou a folha menor na atual temporada, comparando com a do Flamengo, multicampeão no ano passado.
"Podia ter diminuído a receita e ter investido menos em atletas. Não é erro, é opção do presidente do momento. Perdemos a receita do estádio, deveria ter investido menos em atleta, deveria ter diminuído. Contratei Ronaldo, a maior contratação que já fiz, e não gastei. Em outros gastei muito e não deu certo", ressaltou.
"Pela folha de pagamento, parece que o Corinthians é pior que o Flamengo, por exemplo. A folha do Flamengo é mais de R$ 22 milhões, do Corinthians é R$ 12 milhões. Tem muita coisa na folha de pagamento, futebol não é só jogador, é também treinador, roupeiro, massagista, comissão. A folha do Corinthians é um terço da do Flamengo. Pode ter diferenças, mas não indica muita coisa. Pode ser tendenciosa", concluiu.
O balanço final de 2019, cabe destacar, ainda não foi publicado. Mas somente com os números até junho, a dívida aumentou R$ 149 milhões - por outro lado, a receita prevista para o ano todo é R$ 45 milhões mais baixa que a de 2018.