Em meio a paralisação dos calendários esportivos por conta da pandemia do novo coronavírus, os atletas profissionais têm buscado alternativas para manter a rotina de treinos em casa. Como não poderia ser diferente, os atletas do Corinthians Basquete, Kyle "Zoom" Fuller e Felipe Vezaro também estão com uma nova rotina. Em uma live no perfil oficial da equipe no Instagram, os jogadores contaram como está sendo a vida neste período de quarentena.

"Eu estou só em casa. Tenho medo de todo mundo, né? (risos). Eu vou correr na rua, mas eu fico longe de todo mundo. Não corro de máscara porque é ruim, mas vou preparado. Desculpa, mas nessa hora, eu não quero nenhum fã falando oi, mas só isso. Não saio para nada além de correr, peço tudo aqui em casa. E só como legumes, carne a arroz, para ficar bonitinho, você sabe (risos)", contou Fuller.

"Eu tô na minha cidade, em Joinville, me cuidando aqui. Ficando em casa, tentando treinar o máximo possível. Acordo um pouco mais tarde que o normal, a gente tá fugindo da nossa rotina de treino. Então a gente acaba dormindo tarde, acordando mais tarde, a gente fica vendo live dos famosos por ai, vídeo de samba, de sertanejo", disse Vezaro.

"Mas é isso, o coronavírus aqui em Joinville, Santa Catarina, não tá tão forte quanto em São Paulo. Tá um pouco diferente, os números são bem menores, então to conseguindo fazer uns treinos na academia, na clínica dos meus pais, aqui tá mais aliviado. O governador aqui, agora pediu para todo mundo voltar aos trabalhos, sair da quarentena, e é ai que mora o perigo. A gente tem que se cuidar mais", completou o ala corinthiano.

Leia também:
Corinthians e patrocinador máster entregam cestas básicas à comunidades da Zona Leste nesta sexta
Corinthians tem conta bloqueada por ação movida por ex-jogador
Pedro Henrique analisa momento individual de zagueiros do Corinthians e comenta rotina em quarentena

Após serem questionados sobre o momento mais marcante que vivenciaram com a camisa do Corinthians, o ala Felipe Vezaro recordou, primeiro, a sequência de 11 jogos sem derrota no final do ano passado. Na sequência, junto com Fuller, os jogadores fizeram questão de lembrar a torcida corinthiana.

"Tivemos momentos muito bons no Corinthians, mas acho que um dos que mais me marcou foi a gente ter ganho mais de 11 jogos consecutivos. Aquilo ali para nós foi muito bom para o time todo, a torcida inteira reconheceu a gente, foi gritar o nosso nome, presenciar aquilo ali foi muito bom. Naquele momento eu senti uma energia que eu não senti em lugar nenhum na minha vida", iniciou Vezaro.

"Eu já joguei nos Estados Unidos, aqui no Brasil em Bauru, na minha cidade, e eu nunca tinha sentido o que era o Corinthians de verdade. Eu senti quando a gente começou a ganhar muitos jogos, ganhamos 11 seguidos, fomos para a final da sul-americana, e aquilo ali foi um momento inesquecível", completou.

"Eu só joguei no Paulistano e nós ganhamos tudo, o time era muito bom, eu achei que já tinha conquistado tudo no Brasil. Quando eu fui para o Corinthians, fomos jogar o paulista e, no primeiro jogo, a arbitragem apitou uma coisa muito errado e, quando eu vi a galeira quase pular dentro da quadra, eu pensei "calma, isso é Corinthians?", disse Fuller.

"Eu nunca vi torcida que, quando eu estou jogando, ela está jogando com você. Eles não aplaudem o que a gente faz, quando a você marca um ponto, eles marcam junto. É assim, quando você não dá tudo dentro de quadra, eles vão cobrar porque eles jogam junto. E eu amo isso e, por isso, eu nunca quero sair. Eu sou isso, sou muito favela e eles são favela, então estamos juntos aqui, entendeu?", continuou o ala-armador do Timão.

"O Corinthians me ajudou muito a crescer, me sinto a vontade aqui. E o que eu quero fazer em troca, por eles, é ganhar títulos aqui. Eu não quero sair do Corinthians sem ganhar nada aqui. Depois que isso acontecer, ai acabou, ninguém pode mais falar nada nem de mim, nem do Corinthians", completou Fuller.

Vezaro, na sequência, afirmou que mantinha grandes expectativas para a equipe neste ano e revelou torcer para o NBB voltar o quanto antes. Os atletas comentaram o desejo de retornar as atividades o mais rápido possível.

"Eu também, era o que eu queria para nós esse ano (títulos). Para nós, para a torcida, a diretoria. E agora é torcer pro NBB voltar para gente correr atrás disso", comentou Vezaro.

"Não sei o que vai acontecer. Quero muito voltar a jogar, especialmente com a nossa torcida, quero jogar muito com eles, mas agora, com tudo isso acontecendo, eu sinceramente não sei o que vai acontecer", concluiu Fuller.

Veja mais em: Basquete e Pandemia do coronavírus.