Comissão do Corinthians arquivo processo referente à última eleição e grupo entra com recurso
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Por Rodrigo Vessoni
Os bastidores do Parque São Jorge seguem quentes a poucos meses da eleição. Um dos grupos de oposição do Corinthians entrou com recurso contra a mais recente decisão da Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo.
O órgão, presidido por Ademir Benedito, optou pelo arquivamento sumário do procedimento disciplinar instaurado para apuração de irregularidades nas últimas eleições, realizadas em fevereiro de 2018.
Os cinco associados - Eduardo Caggiano Freitas (diretor administrativo na época), Eduardo Almgren Ferreira, Antonio Jorge Rachid Jr. (secretário geral na época), Roberto de Andrade (presidente na época) e Antonio Roque Citadini -, foram julgados e absolvidos de uma suposta tentativa de anistia de sócios inadimplentes antes do pleito.
Paulo Garcia, que seria o beneficiado dessa suposta tentativa de anistia como candidato à presidência naquele pleito, também é citado no relatório elaborado pela Comissão de Ética, mas devidamente enquadrado na mesma situação dos demais. Ou seja, inocentado.
A ata da reunião que confirmou a decisão, assinada pela secretária do clube, diz que "os membros da Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo do Corinthians reuniram-se por meio do aplicativo WhatsApp e, por unanimidade, foi aprovada a decisão anexa exarada pelo presidente desta Comissão, a qual determinou o arquivamento sumário do procedimento em referência".
A decisão da Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo não foi bem recebida pelo grupo de oposição Movimento Corinthians Grande que, por iniciativa de uma das chapas que compõem o grupo (Valores Corinthianos 83), recorreu da decisão proferida.
"Seu inconformismo decorre do fato de que naquele procedimento havia provas cabais da compra de votos na irregular anistia concedida pela administração do clube momentos antes do pleito eleitoral, causando estranheza o arquivamento sumário ocorrido naquele procedimento, que privou a comunidade corinthiana de sócios e até de torcedores de ver o devido processo legal sendo aplicado, como se insignificantes fossem os fatos postos em apuração, esperando que nas eleições que se avizinham tais ilícitos administrativos não venham a ocorrer novamente, eis alguns dos envolvidos terem anunciado intenção de disputar o certame eleitoral. Continuaremos atentos à qualquer movimentação atípica, a fim de que haja um pleito transparente e com impessoalidade", afirma o comunicado do Movimento Corinthians Grande.
Agora caberá ao presidente do Conselho Deliberativo, Antonio Goulart, acatar o recurso (ou não).