Diretor do Corinthians culpa excesso de contratações e fala em dívida 'perfeitamente pagável'
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Por Meu Timão
A atual condição financeira do Corinthians passou a ser uma das principais discussões no noticiário esportivo brasileiro. Mesmo com o déficit histórico de R$ 177 milhões no último ano, há quem diga que a dívida do clube não é impagável.
Durante uma live com o jornalista Alexandre Praetzel, o diretor-adjunto de futebol do Corinthians, Jorge Kalil, buscou minimizar a preocupação com as despesas do clube.
"O Corinthians não está com uma situação financeira privilegiada, mas é perfeitamente pagável, perfeitamente claro, nítido, que o Corinthians tem condições de pagar essa dívida. Isso pode preocupar, evidente que sim, mas não é nada insolúvel, que possa deixar a torcida, a diretoria e o conselho achando que é impagável", afirmou Kalil.
"O que houve em relação às contas é que desde 2013 o Corinthians deve. Claro que agora ela aumentou, muito, em função da quantidade de jogadores contratados. Temos que pensar no clube e nessas contas, de hoje para frente. Existe o déficit, houve um exagero na contratação de jogadores sim, entretanto, o que precisa ficar claro, é que o conselho fiscal do Corinthians aprovou as contas e reprovou o déficit. Olha que ambíguo", completou.
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Vale ressaltar que, conforme noticiado pelo Meu Timão há pouco mais de um mês, além do maior déficit atingido pelo clube na história, a dívida total do Corinthians em 31 de dezembro aparece em R$ 765,2 milhões - o montante não engloba valores da Arena. O diretor corinthiano afirmou não ter dúvidas na recuperação financeira e exemplificou que não existe nenhum clube brasileiro sem dívidas.
"Eu não tenho dúvida que o Corinthians pode se recuperar, a marca é muito grande, a maior marca do futebol brasileiro. Quem é que pode ter dúvidas que o Corinthians não vai se recuperar? Eu não estou passando pano não (por ser parte da diretoria)", disse o diretor.
"Em hipótese alguma isso é uma derrota. Vou fazer algumas colocações dentro dos meus conhecimentos. Eu sei operar, sei fazer consulta, diagnóstico, mas não sou expert em economia, tenho minhas limitações. O que eu quero deixar claro é que sou aliado do presidente, mas não sou um alienado. Eu, por vezes, discordo dele. Não é porque faço parte da diretoria que concordo com tudo. Todavia, eu pergunto: existe algum clube no Brasil que é superavitário? Não, não existe", finalizou Kalil.