Corinthians prepara balancete de 2020 e incluirá dívida de mais de R$ 20 milhões com J. Malucelli
9.8 mil visualizações 64 comentários Reportar erro
Por Rodrigo Vessoni
O departamento financeiro e a diretoria do Corinthians trabalham na elaboração do balancete do primeiro semestre de 2020 e querem divulgar o documento nos próximos dias. Detalhe: com a explicitação da dívida de cerca R$ 23 milhões para o J. Malucelli, do Paraná, divulgada pelo Meu Timão - diretoria garante que a dívida já constava no balanço de 2019, mas a oposição contesta (veja mais abaixo).
A decisão de divulgar o balancete de 2020 chama atenção após o clube ignorar a divulgação desse mesmo documento (seja trimestral ou semestral) durante toda a última temporada. Mas isso tem uma explicação: os números que serão apresentados, pelo que se comenta nos bastidores do Parque São Jorge, serão positivos.
Notícias relacionadas
Apesar do advento da pandemia, que afetou o país e o futebol brasileiro a partir de março, o Corinthians teve uma arrecadação bastante substancial com a transferência de jogadores. Clayson (Bahia), Júnior Urso (Orlando City-EUA), André Luis (Daejeon Hana Citzen-COR), Gustagol (Jeonbuk Motors-COR) e, claro, Pedrinho (Benfica-POR) - o mais valioso de todos -, renderam uma cifra acima dos R$ 100 milhões.
Claro que boa parte desse dinheiro ainda não entrou nos cofres do clube, seja pela dificuldade do comprador de honrar, seja pelos prazos combinados, pela demora para o adiantamento do dinheiro em banco ou mesmo pelo fato de o clube não ter a totalidade da transferência. Porém, contabilmente, é possível ser documentado pelo clube em seu balancete do primeiro semestre de 2020.
J. Malucelli nas contas do clube
A dívida de R$ 23.053.579,81 do Corinthians pela transferência de Jucilei ao Anzhi da Rússia em 2011, será destacada nesse primeiro balancete de 2020. (R$ 17.893.779,65 são devidos ao J. Malucelli Futebol S.A. e R$ 5.159.800,25 ao escritório de advocacia contratado pelo clube paranaense).
Após o Meu Timão divulgar a existência do problema judicial, da perda da ação em segunda instância e do não cumprimento do primeiro acordo, alguns conselheiros de oposição chegaram a questionar por que a dívida não constava no balanço de 2019, que apresentou um déficit de R$ 177 milhões.
A diretoria, por sua vez, garante que os R$ 23 milhões já faziam parte do balanço de 2019.. A versão ainda é contestada pela oposição, já que a primeira parcela foi penhorada das cotas de TV ainda em dezembro e a primeira parcela que atrasou e levou a dívida total a esse montante atual, foi em janeiro de 2020.