A venda de Maycon para o Shakhtar Donetsk (UCR), em março de 2018, segue dando dor de cabeça para o Corinthians. A empresa B2F Marketing Esportivo LTDA, responsável pela gestão da carreira do volante, tentou bloquear judicialmente a quantia de R$ 1.443.617,25, mas encontrou apenas R$ 66.771,15 nas contas do clube.

O sistema de penhora online do judiciário (Sisbajud) rastreou todas as contas do Corinthians, encontrando valores em quatro delas: Caixa Econômica Federal (R$ 41.021,86), PagSeguro Internet S/A (R$ 1.738,05), Bradesco (R$ 11.636,02) e Itaú Unibanco (R$ 12.375,22). O resultado final acabou infrutífero.

O pedido de bloqueio das contas dos advogados da empresa, que o Meu Timão teve acesso, foi motivado por três notícias amplamente divulgadas pela imprensa. A saber:

• O recebimento de quase R$ 120 milhões da venda de Pedrinho ao Benfica;
• A quitação dos três meses de salário atrasado do elenco, com valor de cerca de R$ 40 milhões;
• A contratação de reforços com salários altos (Otero é citado na petição como exemplo).

A B2F Marketing Esportivo LTDA, que tem como sócios os empresários Bruno Misorelli e Fulvio Misorelli, cobra R$ 1.443.617,25 referente à 10% da venda de Maycon ao Shakhtar.

No processo, a B2F alega que o Corinthians recebeu R$ 28.326.540,00 pela transferência do jogador. Ou seja, teria direito a receber R$ 2.832.654,00. Porém, a empresa alega que recebeu apenas a metade desse montante.

Além dos 10% da B2F, os direitos econômicos de Maycon estavam divididos entre Corinthians (80%) e a empresa GT Sports Assessoria Esportiva LTDA (10%). Não se sabe se o clube repassou corretamente o percentual da segunda empresa.

Maycon, que disputou 107 jogos e marcou oito gols pelo Timão, conquistou dois títulos Paulistas e um Brasileiro.

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