Wilson Mano lembra surpresa com título de 90 e diz que quase saiu do Corinthians no ano da conquista
1.6 mil visualizações 29 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Os jogadores que vestiram as cores do Corinthians em 1990 entraram para a história. Com campanha de muita luta e protagonismo de Neto, a equipe alvinegro conquistou seu primeiro título do Brasileirão. Parte daquela campanha, Wilson Mano lembra que nem mesmo o plantel tinha a expectativa de erguer o troféu.
"Nossa expectativa era fazer no máximo um bom campeonato, mas chegar ao título, inclusive um título inédito, pouca gente acreditava. Nós mesmos do grupo não acreditávamos", disse à ESPN.
Antes de eternizar seu nome na história do Timão, o volante quase vestiu outras cores. Insatisfeito com o trabalho do então técnico Zé Maria, ex-pugilista, Wilson Mano cogitou trocar o Parque São Jorge pelo Flamengo.
"Eu não gostava do sistema de trabalho dele. Ele não tinha comando sobre o grupo. Ele fazia média com alguns jogadores. E eles mandavam no time. Zé Maria criou uma panelinha dentro do próprio grupo, favorecendo alguns jogadores e deixando outros jogadores, os mais jovens, digamos assim 'Vocês tem de fazer e acabou'", relembrou.
"Na época, o Jair Pereira estava no Flamengo e ele me ligou dizendo que queria me levar para lá. Como eu não estava legal, não estava contente, falei com o presidente Vicente Matheus que tinha uma proposta. Ele disse que cobria essa oferta, que estava mandando o Zé Maria embora e trazendo o Nelsinho Baptista. ‘Antes de eu negociar você eu quero esperar o treinador’", recordou.
Notícias relacionadas
Aproveitamento do 'Mancini FC' daria a quarta colocação na tabela do Brasileirão 2020 |
Quando chegou, então, Nelsinho Baptista conversou com Wilson Mano e acertou a situação, mantendo o jogador para o restante da campanha e posterior título do Campeonato Brasileiro daquela temporada.
"Ele me disse que gostaria que eu continuasse. Eu expus para ele que estava incomodado com uma série de situações. O Nelsinho foi bastante transparente: ‘Eu quero que você fiquei, já conversei com o Matheus e acho difícil ele te liberar'. Foi o que aconteceu. Cheguei na sala do presidente e ele disse que não me liberaria, que pagaria o que o Flamengo me prometeu. Eu renovei e a gente começou a trabalhar", contou.
"Até a vinda do Nelsinho, havia grupos dentro do Corinthians em que um treinava e outro não. Um se dedicava mais, enquanto outros não ligavam muito. Era um grupo heterogêneo, mas com o Nelsinho tornou-se homogêneo. Foi feita uma cobrança em cima do trabalho. O Corinthians não tinha um elenco grande, mas naquele momento os jogadores abraçaram o sistema do Nelsinho", concluiu.